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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Estação Rodoviária ficou pequena para Manaus

A Estação Rodoviária de Manaus está ultrapassada e não vai
atender a demanda de passageiros durante a Copa do Mundo de 2014

Há coisas na vida que é tão óbvio que não precisa o cidadão perder tempo para fazer análise profunda sobre a questão da infra-estrutura da nossa cidade. Refiro-me ao Terminal Rodoviário - construído há três décadas pelo então prefeito de Manaus, José Fernandes - que já deu a sua contribuição e hoje não consegue atender a demanda de passageiros que viajam para comunidades de Manaus, alguns municípios do Amazonas, estados vizinhos e países limítrofes como: Caribe e Guiana Inglesa.

Esse terminal de passageiros foi construído para atender uma cidade de 700 mil habitantes, e hoje Manaus conta com mais de dois milhões de pessoas. O prédio tem uma péssima apresentação as paredes estão deterioradas pelo tempo, o mau cheiro exala de seus esgotos entupidos e quando chove o local se transforma numa piscina, que os moradores das proximidades apelidam de “Sapolândia”, devido ao coaxar ensurdecedor de sapos que fazem trilha de fundo da orquestra “sapônica” da velha Estação Rodoviária de Manaus.

Gostaríamos que o poder público fizesse um estudo estratégico para construir uma nova Estação Rodoviária, próximo ao antigo balneário da Ponte da Bolívia, aproveitando o escoamento natural dos passageiros que trafegam pela BR-174 e AM-010. Ali poderia ser instalada uma estação rodoviária moderna, com infra-estrutura à altura de uma capital que foi escolhida pela FIFA, como cidade sede da Copa do Mundo de 2014.

Imagine qual seria a reação dos turistas que, durante a Copa do Mundo de 2014, fossem visitar as cachoeiras e outras belezas naturais de Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva e outros municípios. Acredito que depois de se acotovelarem num local que não oferece a menor estrutura, com certeza será a primeira e a última vez que estes visitantes farão a esta região.

Alguns amigos, para amenizar a minha crítica, enfatizam que o turista europeu, aquele mochileiro que vem para a Amazônia, não liga para as questões da hospitalidade porque gostam de aventura. Retruco dizendo para não confundir aventura com falta de estrutura que gera o desconforto, daí a nossa preocupação.

O certo é que não podemos apresentar ao mundo, por meio da mídia internacional e aos torcedores nacionais e estrangeiros que estarão em nossa cidade, uma estação rodoviária como a nossa, que hoje não possui as mínimas condições de atender a demanda local e a internacional.

Este blogueiro que se preocupa com o estado da atual da Estação Rodoviária de Manaus, pede às autoridades, que recebem um gordo salário pago com o dinheiro do contribuinte, que se preocupem mais com o assunto em questão. Manaus, a quarta cidade mais rica do Brasil, não pode continuar tendo uma um terminal de passageiros nanico e fedorento, que em tempos de chuva se transforma num criadouro infernal de larvas do aedes aegypti, contribuindo assim para disseminar ainda mais o surto da dengue em nossa capital.

E como diz a dona Amilcar das Dores, vizinha lá do Bairro da União: “Seu menino, a Rodoviária virou a Lagoa da Dengue, cruz credo”!

Por: Paulo Onofre Lopes de Castro

Jornalista (MTb 467)

Militante Político e Social