Total de Visitas

quinta-feira, 19 de julho de 2012

JARAQUI: SEM COR, CREDO OU BANDEIRA PARTIDÁRIA


                No Amazonas, o Jaraqui é um peixe de raro sabor apreciado não só pelos excluídos socialmente, por ser mais em conta, mas também pela classe média, em se tratando de um fino prato com sabor incomparável. O Jaraca, assim também chamado, se perpetuou não só nas mesas do dia-a-dia, como também na arte de Mario Adolfo, nas páginas do  Curumin. Ainda mais, na iconografia do Amazonas, o Jaraqui é um dos ícones identitário do manauara, que povoa o imaginário coletivo dessa gente do Amazonas. Na política ganhou força por alimentar também a esperança de nosso povo através do Projeto Jaraqui, criado no final da década de setenta em defesa da democratização do país e da nossa Amazônia, posicionando contra a transamazônica, a construção da hidrelétrica de Balbina e os projetos faraônicos plantados na região pela ditadura militar. Atualmente, o Projeto Jaraqui retomou suas atividades pela Limpeza ética na Política se fazendo presente todos os sábado no mesmo lugar do passado, na Praça Heliodoro Balbi, na República Livre do Pina, das 10 às 12 h, botando lenha para esquentar o caldeirão da política, exaltando os políticos responsáveis e queimando os corruptos que se alimentam da miséria do povo. Por isso, aprovamos em praça público nossa Carta de Princípio que fazemos questão de publicar para deixar claro que se trata de um Movimento Social, uma tribuna livre conectada com múltiplas forças populares sem cor, credo ou bandeira partidária. Nosso objetivo é fortalecer o Movimento Popular investindo na formação e organização de lideranças como instrumentos de controle social, valorizando a Liberdade de Imprensa, o Ministério Público, as Redes Sociais, entre outras ferramentas.
          
CARTA DE PRINCÍPIO
 O Movimento Social enquanto frente de luta e organização popular conquista a cada dia novos espaços, exercendo a soberania participativa contra grupos e forças particulares que buscam reduzir o Estado aos interesses familiares ou empresariais, alimentando-se da miséria e da ignorância do nosso povo. Para dar um basta a estas políticas de exploração e dominação se faz necessário mobilizar forças representativas dos diversos segmentos sociais para juntos enfrentarmos os desmandos políticos e governamentais que tem contrariado à vontade do povo do Amazonas e da nação brasileira. Neste contexto das lutas sociais está inserido o Projeto Jaraqui, que refundamos neste dia com propósito de promover as discussões para garantir os Direitos Coletivos de nossa população seja do interior ou da capital, dos rios ou das florestas, das pessoas e da biodiversidade que nos cerca.  O Projeto Jaraqui é este Fórum da Cidadania que nasceu em Praça Pública há trinta anos, contando com a participação de representações populares da cultura, do operariado, dos políticos responsáveis, professores, estudantes, escritores, movimento das mulheres, índios, negros e lideranças socioambientais, entre outras. Se no passado lutávamos pela Democratização do País, hoje nos posicionamos contra a corrupção, os políticos ficha suja, o descaso e desmando operante contra a nossa Amazônia, a se manifestar pela cobiça do capital quanto à exploração dos recursos ambientais e seus serviços, na perspectiva da insustentabilidade, empobrecendo o meio ambiente e a qualidade de vida das pessoas no planeta.  Este combate deve ser suprapartidário feito por agentes responsáveis capazes de assegurar a prática Democrática do Estado de Direito assentada na participação popular, nas eleições limpas, no fortalecimento do Movimento Social, dos Partidos Políticos programáticos pautados na ética da responsabilidade, na defesa da Amazônia de forma sustentável e socialmente justa, na garantia dos Direitos Fundamentais, na construção de uma cidade sustentável e humana, em articulação com as políticas públicas sob o controle do movimento social. Os princípios aqui lavrados em Praça Pública devem sustentar os debates, as propostas e assegurar a todas e todos a plena participação no encaminhamento das discussões e formulações das ações em defesa da Qualidade de Vida no Planeta. Para esse fim, é necessário que haja uma coordenação dos trabalhos que conduza, oriente, promova e a articule o fortalecimento do Movimento Social se assim for à vontade da maioria.  Assembleia Popular, realizada em Manaus, capital do Estado do Amazonas, na República Livre do Pina, na Praça Heliodoro Balbi, sábado, dia 28 de abril de 2012.

Nenhum comentário:

Postar um comentário