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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

SEMANA DA PÁTRIA E O GRITO DA CIDADANIA




 Cabe à própria Nação, com espírito do gigante, manifestar sua indignação participando com seus cartazes nas passeatas da cidadania afirmando sua indignação e agregando força para futuros enfrentamentos no plenário das Casas Legislativas e, principalmente, nas próximas eleições, mandando para o balatal e “pro quinto dos infernos” esses larápios travestidos de bom moço e convertidos.

Ademir Ramos (*)
A semana que inicia vem com força, é o grito da cidadania nas ruas do Brasil. O gigante acordou e agora se move pelas ruas e praças acordando os desatentos e excomungando do corpo político nacional os corruptos, os vendilhões do templo da República que, frente aos holofotes fazem promessa de justiça e na hora de votar escudam-se no voto secreto e absolvem os criminosos partidários, colocando-se como parte da camarilha que assalta o erário e viola a soberania popular. A Câmara Federal, em sua maioria, além de afrontar a Nação enlameou o Congresso Nacional, desmoralizou a prática política desqualificando a representatividade popular que é a máxima expressão da vontade geral. 
O ato da maioria e dos fujões pela manutenção do mandato do deputado Natan Donadon (PMDB-RO) julgado, condenado e preso, não deixa de ser uma mensagem dos partidos do mensalão dizendo como pretendem recepcionar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na Câmara. A mensagem foi dada cabe ao Senado operacionalizar de imediato as propostas corregedora contra a imoralidade da Câmara; cabe à própria Nação, com espírito do gigante, manifestar sua indignação participando com seus cartazes nas passeatas da cidadania afirmando sua indignação e agregando força para futuros enfrentamentos no plenário das Casas Legislativas e, principalmente, nas próximas eleições, mandando para o balatal e “pro quinto dos infernos” esses larápios travestidos de bom moço e convertidos.
No Amazonas, a Semana começa com o dia 05 (quinta-feira), elevação à Categoria de Província, quando em 1850, o Amazonas ganhou status de Província, fincando na política sua autonomia frente à capital do Grão-Pará, somando a este ato, no dia 7 (domingo) de setembro, a independência do Brasil, no ano de 1822. Em comum os fatos denunciam a ausência do povo, bem diferente do que vivemos agora, quando participamos das marchas e passeatas nas ruas e praças do País, manifestando coragem e cidadania. Jovens, mulheres, crianças, etnia e gênero misturam-se e fazem um caldo só movido pela sociodiversidade formadora de nossa Pátria Mãe.
Pelas nuvens das redes sociais comenta-se que a partir do dia 05 (quinta-feira), das 16h, teremos nas Ruas e Praças grupos organizados em oficinas de cartazes. São grupos de estudantes, amigos naturais e profissionais que irão se encontrar em Manaus, nas Praças São Sebastião, do Congresso, da Saudade e da Polícia, nutrindo força para o confronto das Ruas com destino às Casas Legislativas, ao Palácio do Governo, as moradias oficiais e nos arredores dos símbolos histórico que representam nossas conquistas sociais. Nas cerimonias oficiais da Semana da Pátria acostumaram colocar o povo na arquibancada para aplaudir os militares marchando; parece que esse treinamento acabou o povo deve se manifestar do seu modo, gritando pelos seus direitos e dizendo não a corrupção e a impunidade. Na mesma data, no dia 7 (domingo), em todo o Brasil, a juventude católica que esteve com o Papa, na Jornada da Juventude, vem às ruas para o Grito dos Excluídos, aí o bicho vai pegar, visto que a articulação da religião e da política sob a égide dos valores Republicanos pode impulsionar novas forças transformadoras criando um campo favorável para afirmação das lutas sociais assentadas nas práticas pastorais estruturantes formatando novas plataformas sociais para edificação das Eleições Limpas, Investimentos nos Aparelhos de Controle Social, liberdade de Imprensa e Construção de um Projeto Popular orientado por uma prática pedagógica emancipatória com ressonância nas Escolas Públicas sob o controle da família e das organizações e movimentos sociais.


(*) É professor, antropólogo, coordenador do Jaraqui e do NCPAM/UFAM.

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