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sexta-feira, 6 de junho de 2014

ASSIM RENASCEU O PROJETO JARAQUI



 

  Mário Frota, Ademir Ramos e Paulo Onofre 
Na semana passada, conversando com o meu irmão, Paulo Onofre, indaguei como foi que surgiu o Projeto Jaraqui nesta segunda fase.

Primeiro ele me falou dos objetivos do Projeto Jaraqui, uma tribuna popular e democrática, recriada para discutir os problemas do nosso Estado, em busca de um ideal plural, visando beneficiar, principalmente, as pessoas menos favorecidas.
O Projeto Jaraqui começou a ganhar forma numa tarde  ensolarada de sábado, mais precisamente, no dia 21 de abril de 2012; uma data histórica porque é o Dia de Tiradentes, o mártir da Inconfidência.
Nesse dia histórico o nosso companheiro, Paulo Onofre, conhecido em Manaus pela sua atuação como ativista sindical e assessor do gabinete do amigo e vereador Mário Frota, ao assistir uma reportagem no Jornal da Band, teve a ideia de recriar o Projeto Jaraqui.
Na reportagem da TV, um grupo de cerca de 40 estudantes se reuniam no Parque dos Bilhares para fazer uma caminhada até ao Manauara Shopping, como uma forma de protestar contra a corrupção.
Ao assistir àqueles jovens, Paulo Onofre teve um misto de admiração e surpresa com o número reduzido de participantes, comparado aos movimentos estudantis dos anos 70 e 80, quando os alunos secundaristas e universitários, em grande número, pintavam o rosto de verde e amarelo, empunhavam a nossa Bandeira e saiam nas passeatas pedindo a Abertura Política ampla, geral e irrestrita. Esses alunos, agora já senhores, alguns de cabeça branca, ficaram conhecidos como Caras Pintadas – uma alusão aos nossos irmãos índios, que pintavam o rosto quando iam para a guerra.
Depois de assistir a reportagem, Paulo Onofre, de celular em punho, ligou para o nosso homenageado de hoje, professor Ademir Ramos, e falou da sua intenção em ressuscitar o Projeto Jaraqui - uma Tribuna Popular, com a finalidade de reunir pessoas interessadas em discutir os nossos problemas, de preferência na Praça da Polícia, onde aconteciam as reuniões do antigo Projeto Jaraqui, no final dos anos 70 e começo de 80.   
A conversa não parou neste ponto. Na segunda feira seguinte, Paulo conversou sobre o assunto com o vereador Mario Frota que apoiou, de imediato, a sua ideia. “Vá em frente. Pode contar com o meu apoio!”, disse Mário.
Com a ideia aprovada e o apoio garantido, Paulo Onofre encaminhou um Ofício, assinado pelo vereador Mário Frota, ao Secretário de Cultura, Robério Braga, solicitando permissão para usar o coreto da Praça da Polícia, em frente ao Café do Pina, para realizar o Projeto. O publicitário e jornalista Roberto Pacheco foi quem criou a faixa que simboliza o Projeto Jaraqui. O som ficou por conta do nosso amigo cantor e compositor Lucio Bahia.
Participaram da sua primeira edição, da segunda fase do Projeto Jaraqui o vereador Mario Frota, o deputado federal Francisco Praciano, o ex-senador Evandro Carreira e o sindicalista Elson Melo,  hoje presidente do PSOL do Amazonas.
A maior preocupação de Paulo Onofre era a de conseguir recursos para pagar as despesas semanais com o projeto Jaraqui, que gira em torno de R$ 300,00. A solução encontrada foi a de passar o chapéu, literalmente, para pedir ajuda financeira para cobrir as despesas, o que é feito até os dias de hoje.
Assim, as nossas reuniões, aos sábados, se mantém com a ajuda dos palestrantes, dos convidados, dos frequentadores do Café do Pina e dos coordenadores do Projeto Jaraqui, Paulo Onofre, Ademir Ramos, Henrique Melo, Abel Alves, Amecy, Melo Junior, Elson Melo, Margarida Campos, Souza, Evandro Carreira, J.Alves, dentre outros. 
De acordo com Paulo Onofre, os motivos que o levaram a convidar o professor Ademir Ramos foi por este ser um amigo de infância e grande orador, além da sua reconhecida competência como grande conhecedor dos problemas amazônicos . Em pouco tempo o nosso amigo Ademir, ganhou a confiança do grupo, e foi indicado para ser o coordenador-mor  do Projeto Jaraqui.
No início deste ano, Paulo sugeriu que o Projeto Jaraqui deveria ter uma banda de carnaval como forma de popularizar o projeto. No início foi difícil para convencer os demais coordenadores, pois, os motivos elencados por eles, é que não havia recursos financeiros, para bancar as despesas com contratação de bandas, gravação de CD e confecção de Abadas.
Depois de muita discussão, que sempre é assim que acontece no Projeto Jaraqui, foi decido fazer primeira edição da banda, que foi um sucesso.
E para coroar o trabalho desenvolvido pelo Projeto Jaraqui, o vereador Mario Frota, fez uma propositura para homenagear o Projeto Jaraqui, através do companheiro Ademir Ramos, que foi homenageado na Câmara Municipal de Manaus (CMM), com a Medalha de Ouro Cidade de Manaus. Foi a forma que o vereador Mário Frota encontrou para homenagear o trabalho realizado pelos membros do  Projeto Jaraqui.
Agora, estamos no terceiro ano do Projeto Jaraqui e Paulo continua, todos os sábados, passando o chapéu para pedir a contribuição dos jaraquianos e frequentadores do Café do Pina. Essa é uma forma que Paulo encontrou para o Projeto Jaraqui manter a sua independência, não recebendo patrocínio de políticos.
Assim, com a determinação de Paulo Onofre e a contribuição dos demais companheiros foi que renasceu o Projeto Jaraqui. Quero parabenizar a todos os coordenadores, e colaboradores dessa iniciativa para que possamos, por muitos anos, manter essa Tribuna Popular. (Por: Austregésilo Castro).

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