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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

A SAÚDE DO POVO DE MANAUS ESTÁ NA UTI.

Pacientes fazem filas quilométricas no posto de
saúde do bairro do Japiim para conseguir senha
de atendimento para uma consulta médica


Pretendendo obter uma consulta médica óbvia, uma senhora obesa, aparentado uns 42 anos de idade, trazendo à tiracolo uma daquelas embalagens duras de papelão, acomoda-se entre dezenas de pessoas que sob igual cama improvisada, dormem ao relento no hall de entrada do posto de saúde.

A cena, insalubre e desumana, se repete nos vários pontos de saúde de Manaus, demonstrando impropriamente, que nossa cidade, talvez, seja um dos últimos registros existenciais da Alemanha nazista de Hitler, quando os seres humanos eram estropiados pelo Estado e pelas instituições e ninguém fazia nada.

Acontece que esses obscuros incidentes, decorriam em tempos de guerra, e hoje estamos no século XXI e em tempos de paz.

É um absurdo, principalmente dos vereadores da nossa cidade, a inércia de suas atitudes como fiscais do município, nada fazerem em defesa do povo nesse sentido. E isso já acontece há décadas. Parece até que nos ocos edis, a vida da população e seus estigmas municipais não ressoa, e nem recebe solução alguma.

Tanta inércia política e alienação postular mostram que esses políticos enganadores e supérfluos, são meras andorinhas famélicas, preocupadas apenas em grasnar sobre assuntos epidérmicos, e jamais adentra no cerne das questões municipais, o que é função deles. Aliás, continuamos perguntando a eles e a quem de direito: será que eles sabem o que é municipalidade e atuam por ela? Ah! Sem medo de errar 80% dos ditos edis não sabem mesmo, nem são atores da Casa, pois se atuassem não deixariam os doentes de Manaus dormir no chão.

O prefeito tem culpa também. Ele já foi eleito várias vezes para dar soluções nesse sentido e nada fez. O cancro continua comendo a vida da nossa gente. O Amazonino é tão culpado quanto os vereadores (direita, esquerda ou centro não interessa a matiz ideológica). Quando foi prefeito o NEGÃO, como gosta de ser chamado pelos amigos mais próximos, no passado, construiu hospitais, postos de saúde, e quando foi Governador do Estado credito a ele o trabalho mais importante de sua administração a implantação da UEA, quando fez tornar realidade o sonho de vários jovens. Preguiçoso não diria que o prefeito é; mas já não tem a mesma garra de outrora. Talvez corroído pela idade, agravada pela doença, tendo como secretários e assessores, pessoas de capacidade duvidosa. Aí companheiro, o trabalho não aparece e, talvez lendo este artigo, ele saia de madrugada pelos postos de saúde afora neste capital, e comprove a nossa denúncia. Agora quanto aos vereadores de Manaus, em sua maioria são alienados e acéfalos, pois não fiscalizam nada. O povo, coitado, continuará dormindo em folha de papelão para tirar uma senha de consulta médica.

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) já teve grandes oradores como Fábio Lucena, Jefferson Peres, Evandro Carreira e Mário Frota - este o último com mandato de vereador e remanescente de uma época em que se fazia política em nosso estado com seriedade. Como toda regra tem exceção, na Câmara não é diferente, como diria Ibraim Sued: “há uma meia dúzia de três ou quatro” que se sobressaem lutando pela população, os demais edis não sabem sequer o que é municipalidade.

Esqueceram que durante a campanha política prometeram defender a população, mas ao assumirem os mandatos a maioria correu em direção ao prefeito para perguntar como devem agir uma vez que estão ávidos para receber como contrapartida as beneses que o poder propicia àqueles que prometem atender rigorosamente as ordens emanadas pelo Poder Executivo. Quem os elegeu, a partir deste momento, passa a ser apenas um detalhe que será deixado de lado ao longo de seu mandato.

O importante para eles é ser amigo do ‘rei’ e estar ao lado do ‘rei’, próximo do queijo, mesmo que não saibam o que significa Roquefort. Neste momento o importante é comer o queijo do povo com avidez, ah, isso eles passam fazer com mestria, muitos deles mudam de bairro passam a residir em condomínios fechados numa clara demonstração de alienação política acreditam que seus mandatos serão eternos, esquecendo que a cada quatro anos haverá uma nova eleição e aí será quando estes edis serão julgados.

Por: Paulo Onofre Lopes de Castro

Jornalista (MTb 467)

Foto: www.d24am.com

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