Total de Visitas

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Por que não “Arena da Amazônia Vivaldo Lima”?

O Estádio Vivaldo Lima...
... se transformou em barro e areia para dar lugar à "Arena".


O Estádio Vivaldo Lima, o Vivaldão, foi demolido a contra gosto da maioria dos amazonenses, alguns impetraram mandado de segurança na tentativa de impedir a implosão, mas tudo em vão porque as exigências da Fifa falaram mais alto que os gritos da população que assistiram perplexos a sua demolição. Assim teve fim todo o passado glorioso desse estádio de futebol que já foi palco de grandes apresentações da seleção brasileira e de outros grandes times nacionais e internacionais.

Em minha memória - e na lembrança dos torcedores mais antigos - é impossível esquecer o jogo entre Fast X Cosmos, que foi realizado numa tarde de domingo. Este evento somente foi possível graças a sagacidade desportista do Muniz e do expert em futebol, Joaquim Alencar, que até hoje luta e articula acertos para a melhoria dos times e do futebol amazonense.

Infelizmente, ninguém tem ouvidos para escutar as lições do nosso Joaquim Alencar o “Cuecão”, como é chamado carinhosamente pelos amigos. Quanto ao futebol amazonense este vive apenas das lembranças de um passado quando o futebol em Manaus era organizado com seriedade, mas perece que a nossa sina é ficarmos estacionando na série D.

Contam os mais antigos que no citado amistoso internacional tinha tanta gente que se o Fast fizesse um gol, teria acontecido uma tragédia com os torcedores, isto é, as arquibancadas não teriam suportado o impacto da comemoração e o incidente seria inevitável.

O Almeida, conhecido como “Pequeno Valente”, locutor da Difusora, que nessa época trabalhava como repórter de campo, ressalta a presença nesse espetáculo dos craques de renome mundial da equipe do Cosmos que era composta por Pelé, Carlos Alberto Torres, Beckenbauer, Romerito dentre outros craques.

É verdade, tudo isso foi por água abaixo na enxurrada da demolição. Mas recomendamos que seja feito no novo estádio, um memorial para constar o passado do glorioso Vivaldão.

Faço um apelo às autoridades, para que a nomenclatura dessa nova praça do esporte - inventado pelos ingleses e mais de mil anos antes pelos astecas, que faziam de bola a cabeça decapitada do perdedor, num ritual macabro, segundo o History Channel – continue com o nome do médico e desportista, ficando assim: Arena da Amazônia Vivaldo Lima, o que seria uma atitude política de realce, pois o Vivaldão seria ressuscitado em forma de Arena. Agora é preciso que a mídia e a turma da internet entrem em ação para que o nome de Vivaldo Lima não seja esquecido, o que seria uma injustiça para a história do Amazonas de se tentar implodir, junto com o estádio, o nome de uma figura tão ilustre que muito lutou pelo futebol amazonense.

Não esqueçamos que num passado recente nossos times deram muita alegria a seus torcedores quando participavam da elite das competições como o Campeonato Nacional, onde o Nacional Futebol Clube figurava como equipe de ponta e, mais recentemente na série B, com o São Raimundo, quando o nosso Tufão da Colina foi bi-campeão. Tudo acabou em virtude da falta de planejamento dos dirigentes esportivos.

Quanto à Arena da Amazônia, que tem forma de paneiro, por sinal uma belíssima concepção arquitetônica, torcemos para que além de Paneirão, ela seja marcada para sempre em sua significância com a complementação do nome do Dr. Vivaldo Lima, que amava o futebol do Amazonas. Eis o remédio histórico: vamos à luta.

Por: Paulo Onofre Lopes de Castro

Militante Político e Social

Nenhum comentário:

Postar um comentário