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terça-feira, 31 de maio de 2011

Acorda Nonato Lopes e pega na rodilha.

"Em visita ao município de Iranduba, constatei que não produzimos

sequer os mais rudimentares produtos da área de cerâmica".


O município do Iranduba perdeu o bonde da história quando seus administradores, sem visão futurística, deixaram de investir na criação de um pólo cerâmico, voltado para a fabricação de peças artesanais em barro com motivos amazônicos.
Considerando essas premissas, é que recomendamos ao dito prefeito do município vizinho, que viabilize a realização de um Seminário Cerâmico, para discutirmos com a sociedade civil organizada a implementação de um pólo para a fabricação de cerâmicas no município de Iranduba, que é reconhecidamente a Terra das Olarias do nosso Estado.
Com a emergência do dito seminário, discutiríamos os prós e os contras da questão, e estabeleceríamos uma equação sócia produtora no segmento, gerando um afluente que emanaria benefícios inúmeros à população irandubense, como: empregos, trabalho e renda, criariam motivação cultural e educacional, pois além de uma atividade milenar das sociedades passadas e presentes, a atividade ceramista norteia a civilização ao conforto, como também promove o enriquecimento cultural de um povo, prova disso são os achados arqueológicos antiguíssimos encontrados nos nossos sítios municipais.
A mão-de-obra que absorvida pelas Cerâmicas é em sua maioria homens face a tipo de atividade embora em algumas indústrias encontremos mulheres executando atividades de produção de tijolos.
Nas oportunidades em que falei com o Prefeito Nonato Lopes, sempre bati na mesma tecla que fosse criado no município um pólo para a produção de Cerâmicas. Como mão-de-obra utilizaríamos familiares dos trabalhadores das Olarias como também membros das comunidades preferencialmente as mais carentes. Para dar maior realce aos produtos seriam utilizados motivos regionais como: os bois Caprichoso e Garantido, sinhá-poranga, boto tucuxi, encontro das águas entre outros.
Senhor Prefeito hoje em visita ao município de Iranduba, constatei que não produzimos sequer os mais rudimentares produtos da área de cerâmica como: bilhas, potes, panelas de barro e nem o alguidar que desde escravidão dos negros em nosso país, foi largamente usado em terreiros de macumba. Então como se explica o município ser o maior produtor de tijolo de nosso estado não produzir sequer uma peça de cerâmica artesanal?
Encetando este projeto vossa excelência deixará um legado à juventude, uma herança verdadeiramente peculiar, pois além de nosso município ser oleiro por excelência, seremos mais do que quatro ou seis furos num bloco de barro, nós irandubense, seremos a Terra da Cerâmica Artesanal, pois mexer com barro é nossa profissão. Nisso só perdemos para Deus, que fez o homem de barro.
Prefeito Nonato Lopes, caso vossa excelência não acredite nesse projeto vá à Belém do Pará, e a trinta minutos do centro desta cidade seguindo pela antiga estrada da maracangalha você chegará ao distrito de Icoraci e terá a oportunidade de constatar ‘in-loco’ como são fabricados os famosos artesanatos marajoaras, que hoje são exportados para a Europa. São mais de trezentas famílias que tem na Cerâmica sua renda principal.
Acorda Nonato! Vamos realizar um Seminário da Cerâmica de Iranduba, para discutirmos com o setor empresarial e o povo, essa vertente tão salutar e nativa, que o nosso município possui como nenhum outro, pois nossa terra indiscutivelmente, além de ser a fonte industrial do tijolo que ergueu e ergue Manaus, também poderá ser o portal da Cerâmica, abrindo para o nosso município, uma produção que poderá atender a demanda local, nacional e exportadora para os países da Europa, ávidos por comprar coisas produzidas pelos povos da Amazônia.
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Analista Político e Social

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