Total de Visitas

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Manaus: a metrópole da Amazônia Ocidental virou um ‘bosteiro’


Acontece que hoje, esses mananciais viraram ‘bosteiro’.  Um rio de merda que degradam os mananciais de nossa capital transformando-os numa imensa cloaca romana.
                    É preciso sanear Manaus agora, quando a mesma tem ainda 2 milhões de habitantes, porque quando ela tiver 18, como a cidade do México, será muito mais difícil e assustador, pois a poluição devasta as grandes capitais do planeta.
                    Lembremos que a capital mexicana possui uma favela do tamanho de Manaus, denominada “Cabeça de Coiote”, nomenclatura que traduz a imagem agônica social e ambiental daquele espaço urbano, onde todas as mazelas sociais e ambientais ocorrem com sofreguidão. E a ausência de saneamento é um dos fatores cruciais que dilapidam as populações residentes no local.
                      Manaus segue nos passos dessa decadência que ocorre nas grandes capitais mundiais, principalmente as capitais de países em desenvolvimento.
                     Torna-se necessário viabilizarmos estudos preventivos de saneamento básico para nossa cidade, com objetivos concretos e científicos, propriamente um Plano de Metas, focalizado em reengenharia de eco-desenvolvimento, para que sejam viabilizadas o saneamento das nascentes e das bacias hídricas de nossa cidade, que estão atualmente completamente poluídas.
                      Tal absurdo ambiental foi provocado pelas construtoras sem know -how  tecnológico, que no passado construíram os condomínios de luxo sem conectar suas construções luxuosas com as mínimas condições sanitárias. Como também as invasões que redundaram na criação de vários bairros nas últimas três décadas sem a mínima infra-estrutura, quando invasores destruíram áreas verdes de nossa cidade e transformando nossos igarapés em esgoto a céu aberto.
           Daí Manaus que é considerada por sanitaristas como uma grande favela com águas servidas escoando pelas sarjetas, coisas esdrúxulas que ocorriam somente nas urbes da idade média, quando o dono da casa gritava “lá vai água”, e voava pela janela o penico de urina e merda. Quantos incautos transeuntes, não tomaram banho de urina e merda, nessas iniciativas medievais.
                        Pois bem, é isso que os condomínios de luxo de Manaus, e as invasões fizeram com o nosso povo e os mananciais de nossa cidade. Quem não se lembra do Balneário do Parque 10 de Novembro, da Ponte da Bolívia, do Tarumã e da Cachoeira do São Jorge, com suas águas morenas, reconfortantes e límpidas?
                        Acontece que hoje, esses mananciais viraram ‘bosteiro’.  Um rio de merda que degradam os mananciais de nossa capital transformando-os numa imensa cloaca romana. Prova disso e os igarapés nas imediações onde foi construído o Prosamin, mas parece uma Câmara de Gás, um fedor insuportável que aflige e maltrata os pulmões do manauara, que moramos na maior Metrópole da Amazônia, infelizmente fedorenta e maltratada pelos vários Prefeitos que administraram  nossa cidade.
                      A população também tem sua parcela de culpa quando despeja toneladas de lixo diariamente nos igarapés, esquecendo que o acúmulo de lixo nestes locais trará doenças como: hepatite A, febre tifóide, leptospirose, diarréias e outras.
                    Aproveito a oportunidade para convidar o Senhor Prefeito para fazer um passeio de lancha pelo do igarapé do quarenta, começando nas proximidades da Manaus Moderna até o do Estúdio 5. Quando Vossa Excelência poderá verificar in-loco a situação de degradação de nossos igarapés, onde se encontra de tudo desde as famigeradas garrafas PET, colchão, geladeira, fogão e carcaças de veículos, e aí Prefeito, vai aceitar o convite?
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Analista Político e Social
Foto: luizprado.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário