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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Nova Estação Hidroviária: por que não lá na Siderama?



O Ministro Alfredo Nascimento, postula um projeto de porto fluvial com abrangência na Manaus Moderna, o que seria uma temeridade

O atual porto fluvial de Manaus, construído pelos ingleses, já não atende a demanda logística que cresceu assustadoramente nesses anos de Zona Franca, com a população do interior vindo para a capital em busca de melhores condições de vida.

Com saídas e entradas pelo Rodway e outros pontos espalhados pelo beiradão do rio Negro e igarapés que cortam a cidade, o tráfego de barcos tornou-se um caos sem qualquer organização plausível para aportar ou sair, causando prejuízos ao usuário do sistema.

O Ministro Alfredo Nascimento, postula um projeto de porto fluvial com abrangência na Manaus Moderna, o que seria uma temeridade como foi a obra do Expresso, pois não há escoamento de entrada e saída para essa localidade central, as vias de acesso já são por si só um constante engarrafamento, e dessa maneira a situação factível do porto seria um desastre logístico, um trauma de trânsito congestionando ainda mais o tráfego do centro da cidade.

É preciso que essas incautas autoridades saibam pelo menos uma coisa: entram em nossa praça, mais de 3.600 carros por mês, por isso o caos constante criado por tal demanda sem controle, e o que é pior, de difícil solução, pois daqui há 10 anos, teremos quase meio milhão de veículos novos circulando por uma cidade que não tem mais para onde crescer aleatoriamente. Nessa fratura equivocada, o porto idealizado para o centro de nossa capital seria mais um monstrengo inóspito que a população teria que carregar nas costas, isto é, o governante idealiza a obra sem um plano de reengenharia viável, a coisa nasce atrofiada, e o povo tem que engolir e conviver com o alien urbano intolerável e incômodo.

Uma coisa é certa: o político não tem visão científica de sua proposta, e mete goela abaixo da população a sua demência incidental, criando em vez de solução, mais um aperreio para o povo, como diz o velho Fagundes, morador do Sovaco da Cobra lá no bairro da Alvorada:“Se a tia dele viesse morar aqui, ele (o político) não faria mais uma besteira dessa”.

Por isso recomendamos: vamos fazer uma Estação Hidroviária Sistêmica lá na área da Siderama, um módulo central com 1 módulo menor, aproveitando o Porto de São Raimundo, que após a desativação da ponte ficará obsoleto como os nossos irmãos paraenses fizeram lá em Belém, cinco pequenos portos para atender a demanda dos barcos que vem capital e vão para o interior.
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Analista Político e Social
                       

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