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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Camelódromo. Ou faz ou a Copa vai pra Belém



O problema é que o prefeito Amazonino Mendes já estava com grande parte das obras do Camelódromo em andamento, quando foi embargada a obra que iria beneficiar os camelôs, e o embargo agora é o responsável pelo caos que será criado podendo até coroar-se na fuga do evento da Copa ir para o Estado vizinho.
O jornal A Crítica volta a destacar o Ministério Público Federal como a cunha que adentra a carne de nossa cidade, ferindo de morte as obras da Copa, isto é, sem Manaus ser cidade sede desse maior evento esportivo mundial, botaremos culpa na Lei e no Fiscal da Lei, que aturdiu o desempenho dessa realização.
As autoridades precisam saber que o povo brasileiro, é maior que a Constituição, o Direito, e a própria Justiça, pois todo poder emana dele e de seu bem estar.
Pois bem. O bem estar do povo do Amazonas vai pras cucuias, sem o evento da Copa, pois não poderemos receber os torcedores turistas com esse mercado persa que transforma a capital do Amazonas, num gueto subsaariano, pois o panorama atual do centro da cidade é um insólito cartão postal de 5° mundo, coisa absurda e feia, que não existe em nenhuma capital no mundo. 
Ali corre tudo, do tráfico de droga à prostituição, do roubo ao comércio informal de guloseimas, bolinhos, churrasco de gato, etc. Um negócio dantesco, onde os humildes camelôs sobrevivem vendendo os seus produtos, situados no último limite social, na última fronteira entre a marginalidade e a cidadania, os camelôs esperam não ser despejados do seu ganha pão, pois são pessoas livres e merecem o nosso apoio e respeito pois são micro-empresários.
Seria bom que o representante do IPHAN, o Procurador Geral do M.P.F., e o prefeito de Manaus, fossem ao governo Dilma buscando uma solução para o impasse da construção do Camelódromo, pois sem o mesmo Manaus dança, e a Copa vai para Belém, pois lá eles estão torcendo para que a gente continue com a ‘lesera baré’, de por entrave em tudo o que bom pra nós mesmos.
É como dizia a minha madrinha Joana Galante: “Meu filho, quem é filho de santo não vacila!” Eparrei Amazonino, compra o CD do Zeca Pagodinho, e escuta o samba Ogum, pois o prefeito tem que ter santo forte, para passar na encruzilhada de uma esparrela dessas. Onde já se viu, botar ventilador na farofa do povo. Salve, São Jorge, meu santo Guerreiro!

Alexandre Otto.
É escritor, membro do
Clube da Madrugada.     

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