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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

MEUS ÍDOLOS DO TELE-CATCH



Ted Boy Marino: Um dos meus ídolos de tele-catch (ontem e hoje), assim como eu.
Li hoje um artigo de Luis Fernando Verissimo, intitulado “Saudades do Ted Boy Marino”, foi como se tivesse feito uma viagem ao tempo. Havia chegado à Belém, vindo de Óbidos, em 1966, era por volta do mês de fevereiro e para um garoto vindo do interior  tudo era novidade, principalmente a televisão, pois existiam poucos aparelhos na rua em que morava e a novela de sucesso da época era o Direito de Nascer.
Não foi fácil me adaptar na grande cidade; moleque ainda não custei  a me enturmar com meninada da vizinhança, até porque  a nossa brincadeira, à época, comumente era jogar bola e assistir os filmes “seriados” como: Zorro, Bonanza, Batmasterson, que eram exibidos quase sempre no final de tarde. 
Mas o sábado era o dia que esperávamos com expectativa  e certa ansiedade pois à noite tinha o tele-catch, no ring estavam meus ídolos: Tigre Paraguaio e Ted Boy Marino entre outros, que pertenciam ao grupo dos bons e lutavam contra os maus que era Rasputin Barba Vermelha, Homem Montanha e o pau cantava.
Havia sábados em que na casa de minha avó tinham cerca de trinta pessoas para assistir estas lutas, que terminavam geralmente com a vitória dos nossos heróis.  
Tenho um filho de 14 anos que é fã dos lutadores UFC. Asseguro que tenho me esforçado para acompanhá-lo assistindo as lutas, mas não me sinto estimulado a acompanhar esses combates, onde você vê dois lutadores  trocando socos e pontapés que mais parece uma luta de rua, pois se agarram de forma frenética  rolando pelo tatame. Digo sempre ao meu filho que não existe arte nesta luta como, por exemplo, nos embates de tele-catch e no futebol. Cadê a tesoura voadora que o Ted Boy Marino, dava nos adversários?
Se não bastasse a violência que vivemos  dia-a-dia nossos filhos têm que conviver com  isso que chamam de esporte, que os meios de comunicação insistem em nos enfiar de goela abaixo.
Estou em busca das filmagens de antigos “catch” para mostrar para meu filho, mas fico apreensivo quanto à sua reação  ao assistir lutas dos meus heróis. De uma coisa tenho certeza: na minha geração os heróis serviam de paradigmas. (Por: Paulo Onofre).


    

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