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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

EXPLOSÃO DE CAMELÔS EM MANAUS



Isso vai ser dureza para o Arthur resolver, a não ser que ele use a sua diplomacia evidente e solucione o problema sem rolo compressor.
Não puseram um freio na expansão do problema dos camelôs em nossa cidade, e agora a coisa ficou preta, parecendo até aquela bolha de lixo flutuante do Pacífico que é tão grande que é vista do espaço, assim é o efeito desastroso do mercado persa em que se tornou o centro de Manaus.
No Natal e Ano Novo, a população caminhava - e caminha - até agora, entre carrinhos de mão de mingau variado, vendedores de guloseimas de toda espécie, e fogueteria esparsa. Um velhote me perguntou: “será que é o Flamengo que ta jogando?” Respondi que não, mas a boca de fumo que estava recebendo droga para ser vendida para os usuários. Os foguetes eram o aviso.
Aliás, quem me falou nisso foi um agente da Polícia Federal, enfatizando que quando se ouve papouco de fogos no ar, sem comemoração evidente em risco, é a boca avisando que tem maconha, crack  ou cocaína.
A demanda de fraturas sociais evidentes ocasionadas pelo crescimento dos camelôs em nossa cidade, cresce mais do que divida de pobre em financeiras que tomaram conta do mercado e do bolso do povo. O sujeito faz empréstimo para pagar dívida e a conta se avoluma cada vez mais virando um deus nos acuda.
A mesma síndrome acontece com os camelôs no centro. E isso vai ser dureza para o Arthur resolver, a não ser que ele use a sua diplomacia evidente e solucione o problema sem rolo compressor, afinal é um político esmerado e sabe que nesse caso porrada não vai domesticar esse dragão urbano.
Eu sempre disse que os camelôs estão situados na última  fronteira entre a cidadania e a marginalidade por isso torna-se necessário ser cabível e “tem que endurecer, sem perder a ternura, jamais!”, como disse Guevara, pois os camelôs são seres humanos e não podem continuar abandonados e entregues à própria  sorte.

Alexandre Otto,
é poeta e membro
do Clube da Madrugada.

    

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