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terça-feira, 8 de outubro de 2013

O MASSACRE DOS MANAUS E A CAPTURA DE AJURICABA




 Roberto Monteiro de Oliveira (*)


 
O guerreiro Ajuricaba

Os historiadores da província para satisfazer aos interesses de seus mandatários fazem tudo para desqualificar a história dos povos indígenas da Amazônia e das Américas, chegando ao absurdo de afirmar categoricamente que os índios não fazem história, reduzindo sua participação apenas como objeto da etnografia colonial, castrando, terminantemente, a voz e os direitos históricos dessas Nações. No Amazonas pouco ou quase nada se sabe sobre Ajuricaba, chegando ao ponto de dizerem que se trata de uma figura lendária, como se fosse uma invencionice diabólica para assustar os portugueses da Amazônia brasileira. O texto do Professor Roberto Monteiro de Oliveira dá prova histórica desse guerreiro Arawak, assim como das lutas travadas pelos Manaós contra os colonizadores portugueses, particularmente, no território rebatizado com o nome de Rio Negro e muito mais fatos podem ser encontrados nos arquivos do século XVII e XVIII, no Museu Amazônico da UFAM. A negação da história e da cultura indígena no Amazonas é tão gritante que os textos oficiais fazem questão de evidenciar o lusitanismo identitário negando o ser manauara (manaós-ara – terra dos manaós) pela afirmativa colonial de manauense, bem nos moldes das ordens pombalina que tudo fizeram para apagar da Amazônia a toponímia indígena, bem como sua cultura, o que não conseguiram pelo valor e coragem de homens e mulheres com a mesma determinação e coragem do guerreiro Ajuricaba.

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