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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

ALENQUER: A TERRA DE XIMANGOS






A praça hoje exibe uma aparência agradável onde as famílias alenquerenses sentem se a vontade para apreciar as atrações culturais
 CUBINHA era o apelido que a cidade de Alenquer, a Terra de Ximangos, tinha no período da DITADURA MILITAR. Cidade de gente como Benedito Monteiro, advogado, escritor, compositor, jornalista, Deputado Federal do PTB de João Goulart. Bené, como era conhecido, teve seu mandato cassado pelos MILICOS, fugido para as matas do Vale do Rio Curuá, foi preso pela Ditadura e levado como um troféu para a capital, Belém.
Bené tinha uma capacidade de liderar como poucos, em Alenquer, entre tantas ações, criou um clube de futebol que levou o nome de INTERNACIONAL, com a cor Vermelha preponderantemente, e com seu hino fazendo menções à IGUALDADE, JUSTIÇA SOCIAL, e outras palavras proibidas pela Ditadura, além do ritmo lembrar muito o hino da INTERNACIONAL COMUNISTA. Por tudo isso e muito, muito mais, a cidade de Alenquer no Oeste do Pará teve a honra de ser chamada de A CUBINHA.
É esse fato histórico, entre outros, que estão no estudo histórico que ontem reunimos para celebrar. O Golpe Militar de 1964 é talvez um dos episódios da vida brasileira mais estudado, com farta disposição dos saberes científicos em todas suas dimensões. Para somar a esse conjunto de percepções e saberes, tendo uma realidade específica, a Terra de Ximangos como cenário (Município de Alenquer no Oeste do Pará), minha amiga, companheira de lutas de longas datas, a historiadora Áurea Nina Monteiro veio à Manaus lançar seu livro OS SILÊNCIOS DA CUBINHA: O GOLPE MILITAR DE 64, EM ALENQUER.
Essa é uma história interessante não somente aos Ximangos, mas a todos aqueles e aquelas que se interessam pelo tema, e que terão a leitura da realidade histórica especifica de uma cidadezinha no interior profundo deste Brasil. Se sob os holofotes da crítica, da mídia, da intelectualidade nacional os horrores eram cometidos, imagine em lugares onde a comunidade internacional não tinha olhos.
A Centro Cultural Casa do Parente neste sábado, dia 08/11/2014, foi o ponto de encontro da Ximangada. Momentos de alegria, reencontro, um bom papo, e as histórias e estórias da Terra de Ximanga Encantada.
Não faltou a boa música Amazônia nas ‘palinhas’ de Nícolas Junior, Edilson Santana, Gonzaga Blantez, Tony Lessa, e Rochinha. Para matar a saudade da terrinha, o Acarí foi quem reinou nos pedidos da cozinha. O espaço foi de reencontro político Ximango também, os bons papos com Arteiro, Áurea Nina e Frei Juracy, pré candidatos à Prefeitura Ximanga.
Foi um dia memorável!
Por: Alex Ximango

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