Total de Visitas

segunda-feira, 6 de junho de 2011

UM EXEMPLO DE VIDA

Francisco Borges que, para os jovens, serve de paradigma
Nascido em Manacapuru no ano de 1944, veio para Manaus aos 18 anos para servir ao Exército Brasileiro, bem no início da revolução e, após cumprir seu período na caserna deu baixa, ficou desempregado. Naquela época havia duas opções de trabalho: no comércio ou nas tecelagens de juta que eram os grandes empregadores em Manaus.

Após várias tentativas infrutíferas de conseguir trabalho - sua maior dificuldade foi a baixa escolaridade uma vez que não conseguira concluir a quinta série primária - restou naquele momento a alternativa de executar serviços em residências dos abastados empresários desta cidade; ora limpava o terreiro como eram chamados os quintais e, às vezes, fazia a limpeza na parte interna das residências, foi assim durante quase sete anos.

Aos 25 anos decidiu enveredar por outra atividade e com as economias feitas no período, colocou um pequeno comércio no bairro de Santo Antonio, onde ficou trabalhando pelo período de dois anos, em seguida mudou-se para o Beco Boa Sorte, no então bairro da Matinha, hoje Presidente Vargas.

Casou-se e, após alguns meses, trouxe para Manaus seus pais e os oito irmãos por entender que Manacapuru não oferecia oportunidade de emprego aos seus familiares. Naquela época a capital vivia o boom da Zona Franca e a família foi ficando numerosa. Eram 17 pessoas morando numa casa pequena e a cozinha, menor ainda, ele relembra sorrindo: “Na hora do almoço a gente dividia a família em três turnos que comiam em horários diferentes”, relembra o protagonista desta história.

A família foi aumentando e com ela as despesas. Então decidiu deixar a mulher trabalhando no pequeno comércio e foi tentar a sorte vendendo verduras e frutas na feira da escadaria dos remédios.

Nosso personagem logo mostrou junto aos seus colegas que era um líder, tanto que em 1972, foi escolhido por seus companheiros da Feira do Arteiro, para ser o delegado sindical, junto ao Sindicato dos Feirantes, que foi o primeiro passo para assumir a presidência da entidade.

Depois de ficar viúvo e

Hoje, depois de ficar viúvo, aos 67 anos, há 28 trabalhando como segurança da Câmara Municipal de Manaus (CMM), decidiu dar uma guinada de trezentos e sessenta graus em sua vida ao voltar a estudar. Seu objetivo, nos próximos anos, é ingressar em uma Universidade. Quando lhe é perguntado qual a área que pretende se especializar, sorri de forma encabulada e diz que vai ser advogado.

E sua história não acaba por aqui. Incentivado pela família e apoiado por amigos, pretende concorrer à presidência do Sindicato dos Feirantes. Abordado sobre o assunto ele diz que vai depender dos companheiros por que ele está disposto a enfrentar mais essa etapa de luta.

Este relato é parte da vida de meu amigo Francisco Borges que, para os jovens, serve de paradigma, parabéns!

Por: Paulo Onofre

Jornalista (MTb 467)

Analista Político e Social

Nenhum comentário:

Postar um comentário