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terça-feira, 14 de maio de 2013

MOVIMENTO ABOLICIONISTA SE ESPALHOU PELAS PROVÍNCIAS



O Jornal do Senado  desta segunda-feira, 13 de maio de 2013, faz uma reedição de Encarte Especial histórico sobre os 125 anos do fim da escravatura no Brasil. O documento deve ser necessariamente  consultado por todos (as), principalmente, pelos estudiosos da formação do Estado Brasileiro para que nunca, nunca mias estas barbaridades se repita, mobilizando a sociedade nacional contra as relações de trabalho análogas a escravidão e toda e qualquer forma de exclusão social no País. Luta que se complementa no Estado de Direito pela cidadania plena.

A Escravidão
Tobias Barreto

Se Deus é quem deixa o mundo
Sob o peso que o oprime,
Se ele consente esse crime,
Que se chama a escravidão,
Para fazer homens livres,
Para arrancá-los do abismo,
Existe um patriotismo
Maior que a religião.

Se não lhe importa o escravo
Que a seus pés queixas deponha,
Cobrindo assim de vergonha
A face dos anjos seus,
Em seu delírio inefável,
Praticando a caridade,
Nesta hora a mocidade
Corrige o erro de Deus!...

Tobias Barreto

Um dos principais nomes do condoreirismo, escola literária da poesia brasileira marcada pela temática social e defesa de idéias igualitárias, Tobias Barreto, assim como Castro Alves, fez de alguns de seus poemas armas para o combate à escravidão. Além de poeta, Tobias Barreto é fi lósofo, crítico e jurista. Sergipano, ele se declara o “mestiço de Sergipe”. Em 1868, publicou o poema A escravidão. De 1871 a 1881, viveu em Escada, Pernambuco, cidade que foi obrigado a deixar após ter alforriado todos os escravos que pertenciam a seu sogro.


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