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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

O GRITO DOS ÍNDIOS DO AMAZONAS NO PROJETO JARAQUI



 O Projeto Jaraqui, na Praça da Polícia, no Centro Histórico de Manaus já é uma realidade todos os sábados.


Mario Dantas
No ultimo sábado (26) o Projeto Jaraqui recebeu as lideranças indígenas do Amazonas para discutir as PECs, as Portarias, as Resoluções e a omissão do governo federal quanto a não efetivação dos programas de sustentabilidades, bem como o descaso da saúde, educação, programa alimentar e o futuro dos povos indígenas.

Paulo Mendes
O Jaraqui deste sábado, na Praça da Polícia, na República Livre do Pina, no Centro Histórico de Manaus, reencontrou-se com o seu passado histórico, quando há 30 anos, a Questão Indígena era a grande pauta posicionando-se contra os Direitos Fundamentais desses povos violados pelo Estado Brasileiro.
Na tribuna ainda houve reclamações da construção da Transamazônica, das hidrelétricas, em particular contra o dano ambiental que Balbina causou ao meio ambiente, a vida e cultura dos povos Waimiri-Atroari e demais Nações que se encontravam na rota da expansão dos megaprojetos da Ditadura no interior da Amazônia e no sertão do Brasil.
As denuncias do genocídio e as diversas formas de acelerar o mais rápido possível “a limpeza étnica” promovida pela política de integração do Estado Nacional, bem como a ocupação da Amazônia pela pata do boi sob a ordem dos financiamentos das Agencias de Estado representada, sobretudo, pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia e o Banco da Amazônia foram colocadas na tribuna popular.

Ademir Ramos
Segundo o Prof. Ademir Ramos autor do Projeto Jaraqui na conjuntura do atual governo, as ameaças também se multiplicam seja no Congresso Nacional, na Corte de Justiça e pelos próprios Governantes, que pouco caso fazem para o cumprimento da Constituição Federal e muito menos pela formulação de políticas que venham garantir a integridade e o usufruto dos Territórios Indígenas seguido de programas de etno desenvolvimento em favor da sustentabilidade destas comunidades tradicionais da Amazônia.
Para ele ainda continua a violação aos direitos que estes povos indígenas tem garantido na Constituição Federal (Art. 231 e 232) e o exemplo é tomar de assalto as Terras tradicionalmente ocupadas por esses povos, reafirmando mais uma vez que a política ambiental.

Parlamento Indígena
Estiveram participando representantes da cultura tikuna, da Central Intercultural de Etnodesenvolvimento do Amazonas (Rapu) os índios da cidade e das regiões culturais do Madeira, Baixo-Amazonas, Solimões, Rio Negro, representantes da Secretaria de Estado dos Povos Indígenas e da própria Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira dentre outros.
O representante do Alto Solimões da Federação das Organizações das Comunidades da Tribu Tikuna Paulo Mendes disse ¨A política desde 78 é voltada para o meu povo e sempre para falar da discriminação que sofremos e temos que nos organizar para que a nossa cultura continue sem deixar nossa identidade nossa cultura, defender a terra, queremos desenvolvimento não no modelo capitalista para o comercio mas para o crescimento da identidade dos índios do amazonas¨. O representante indígena convocou as comunidades do alto Solimões e do baixo Amazonas no dia 15 de novembro na comunidade Betânia no município de Santo Antonio do Sá.
Para o representante dos Tikunas do alto Solimões Sinesio este encontro visa elaborar a estratégia dos povos indígenas para defensa dos seus direitos e um dos objetivos é eleger seus verdadeiros representantes, conquistar um espaço no senado para isto é importante contar com um parlamento indígena. Mercedes Guzmán /Fotos: Áida Fern

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