Amazonino vai fazer com Stones o que o peixe grande faz com o peixe pequeno: só que nesse caso é com molho vinagrete, limão, pimenta malagueta, azeite de oliva e farinha de tucumã. Ele já começou a tirar o pessoal do interior do estado que era controlado pelo Stones. Quem viver, verá.
Em março de 2010, por conta da lei eleitoral, o Dermilson Chagas teve que se afastar da Superintendência Regional do Trabalho para concorrer a uma vaga de deputado estadual, mas não se elegeu. Após o término da eleição, tudo o que tinha antecipado que aconteceria veio a se concretizar, ou seja, não conseguimos eleger sequer um deputado estadual. Alguns hão de me retrucar dizendo que e fácil analisar o fato depois do mesmo ter acontecido, ocorre que escrevi uma matéria para este Blog, em junho do ano passado, após a convenção na qual afirmava que com a coligação que havíamos feito não elegeríamos nenhum candidato.
As razões que me levaram a crer nisso foi a forma como foi feita a articulação para a coligação partidária que ficou a cargo do Stones e a sua primeira providência foi levar o partido para o PT, que tinha toda uma estrutura de campanha. O objetivo da coligação foi ajudar na reeleição de Praciano que era novamente candidato a deputado federal. Se isso não bastasse ainda fez outra coligação que prejudicou grandemente os nossos candidatos que foi com o PSB, que a época tinha um deputado federal.
Analise bem: Como é que o PDT tinha condições de fazer coligações como essas se nós tínhamos somente um vereador e uma pequena estrutura para participar do pleito? Voltei a falar com o Stones e lhe disse que a executiva nacional praticamente obrigara o PDT do Amazonas a coligar com o ministro Alfredo Nascimento e que, com isso, iríamos servir como bucha de canhão para eleger o pessoal do PT e do PSB. Nessa época sentenciei que, com essa coligação, o Stones dava o golpe de misericórdia no nosso partido.
Durante o período pré-eleitoral o Carlos Luppi, veio a Manaus e foi recebido pelo Stones e Paulo D’ Carli que levaram o Amazonino à tira-colo para receber o Ministro do Trabalho; foi quando o atual pPrefeito de Manaus, demonstrou a vontade de ingressar no partido.
Ao final da eleição o Stones desapareceu do partido, mas nos bastidores trabalhava a filiação do Amazonino e o retorno de Dermilson à Superintendência Regional Trabalho, o que desde o começo fui contra. No primeiro caso por ser Amazonino o político que passamos as últimas duas décadas combatendo; e quanto ao Dermilson, acreditava que ele tinha tido a sua chance e que nesse momento era hora de buscarmos outro nome dando assim oportunidade para o surgimento de novas lideranças tal qual fizemos com ele, que na época era um mero desconhecido e assumiu a Delegacia Regional do Trabalho, onde fez um trabalho razoável.
No início deste ano, por volta de março, havia encerrado o período de mandato da Comissão Provisório que é de 90 dias. Stones viajou para Brasília, levando em mãos os nomes da nova composição da chapa e nesta excluiu os nomes do ex-senador Jeferson Praia e demais companheiros que compunham a anterior comissão, foi quando fui avisado do golpe, mas com ajuda de alguns senadores pedetistas conseguimos nos manter na comissão.
A partir deste momento Stones desapareceu do partido foi aos jornais para divulgar que ele não fazia mais parte da Comissão e que iria se afastar do partido, mas na realidade dos fatos ele estava tentando desviar o foco, pois a imprensa havia sido informado que seu golpe foi mal sucedido e mais uma vez não conseguiu o seu intento de chegar à presidência do partido porque sua má intenção foi abortada a tempo. Qualquer cidadão que participa ou participou de entidades de classe sabe que para um membro se desfiliar de uma diretoria tem que encaminhar uma carta renunciando ao cargo que exerce. Ocorre que esta carta do Stones nunca chegou ao partido.
Por fim o que o loki, fazia suas armações de forma sorrateira e passou desavergonhadamente, sem qualquer pudor, por cima de todos e ainda foi para a imprensa defender a filiação de Amazonino no partido. Para nós foram meses de extrema tensão, pois passamos parte de nossa vida combatendo o mau político e agora teríamos que conviver com o Amazonino, que era como misturar água e óleo.
Em junho foi outra batalha para renovarmos a Comissão, parecia que vivíamos sempre com uma espada sobre nossas cabeças. Nesse período aconteceu a eleição para a escolha do presidente do partido e lá fomos nós para outra peregrinação nos gabinetes dos Senadores do PDT, na tentativa de nos mantermos na direção do PDT/Am, foi quando fomos informados por membros da Força Sindical, nossos aliados, que em reunião com o Secretário Geral do partido Manoel Dias, o mesmo havia informado que estávamos fora da direção partidária local, que o presidente seria o Stones, após a eleição na qual Luppi, foi reeleito para mais um mandato. Eu Jeferson Praia e outros companheiros fomos para reuniões com os senadores pedetistas na qual colocamos nossa posição dizendo que esta perseguição política estava se dando com o apoio do Luppi, que acenava com a possibilidade de Amazonino se filiar ao partido, mais uma vez conseguimos revalidar a nossa Comissão para o período de junho, julho e agosto.
Durante esse último triênio foi feito um acordo: o Dermilson voltaria para a Superintendência Regional do Trabalho e faríamos eleições para escolher um novo diretório com chapa única composta pelo grupo do Stones. Argumentei que não devíamos confiar no grupo liderado pelo Stones que primeiro deveríamos fazer a eleição e depois o Dermilson assumiria a Superintedência, mas fui voto vencido no afã de encerrarmos de vez com esses embates que já duravam meses. Então ficou decidido que o Dermilson assumiria e depois seria feita as eleições apara a executiva municipal.
A partir desse momento membros da executiva do partido passaram a ser vítimas de ataques através da imprensa e tinha o Dermilson como interlocutor do grupo liderado por Stones. Chegaram ao ponto de, em setembro, realizar um evento para filiar o Amazonino. Estivemos em frente ao hotel da Vinci, protestando contra a filiação do prefeito mas o fato estava consumado, restou apenas termos com muita tristeza começar estudar para que partido nos filiarmos.
No último dia 03 de outubro Mário Frota, Jefferson Praia e Milson se filiaram ao PSDB, enquanto outros companheiros, nos quais me incluo, decidimos continuar no PDT e fazer oposição a este grupo que se apossou do partido, com apoio do Luppi. Quero avisar ao Stones e seus aliados que somente sairei do partido se for expulso porque esta é a única forma de me excluírem das hostes do PDT. Continuarei em meu flanco de resistência lendo diariamente o Diário Oficial do Município, se nosso grupo verificar que há indícios de irregularidades em licitações entraremos de pronto no Ministério Público.
Por: Paulo Onofre
Jornalista (MTb 467)
Analista Político e Social