Nossa gente te chama, Arthur, porque movido pelo
descuido histórico, não fiscalizou os espertalhões que surrupiaram teu mandato
Na Távola Redonda
do beiju amazônico, cuja configuração imperial cabocla, sempre se reúne quando
justamente periga de se calar a sociedade manauara, lá estava novamente o nosso
querido combatente indômito, professor Ademir Ramos, inconsútil antropólogo e
ativista, fonte viva às novas gerações da UFAM; Mário Frota, um guerreiro que
combateu a ditadura e ainda continua vivo nas praças da liberdade; Paulo
Onofre, militante político e articulador, junto com Ademir Ramos, para a volta
do projeto Jaraqui; Elson Melo, já careca de tantas lutas e derrotas que ele
com seu semblante de Ho Chi Min vitorioso, agora expõe no seu Lucta Social na
WEB; Deputado Luis Castro, a última lâmpada que o povo tem na Assembléia;
Juscelino Taketoni, um jornalista nerudiano, cuja sensibilidade social e
poética lembra o nosso Che Guevara, ladeado pela Georgina Andrade, linda moça
inesquecível com seus fluviais cabelos negros, ela é irmã da Fafá, Artur, que
foi tua secretária diligente e fiel; Abel Alves, deputado e maior figura
política tefeense, pela ética e
seriedade moral; Socorro Papoula, flor vermelha e militante eterna do PT.
Essa
turma da pesada sempre se faz presente quando Manaus periga de perder sua
metralhadora Ak, ou sua baladeira ideológica. Eu, lá próximo à xícara de café
do Pina, conversava com o Dr. Góes e o Felipe, filho do Monassa (que já se
encantou, como diz o Guimarães Rosa), e que é Físico e único manauara que
discute comigo a elegância da Teoria das Cordas; ora justamente eu, poeta, é
que respondia para o público presente sobre a tua ausência, irmão. Após umas 30
pessoas que perguntavam na mesma freqüência, respondi que eras cônsul, lá em
Portugal.
Tu,
companheiro, está fazendo muita falta para o povo amazonense. Relembro o
incidente insólito da votação da MP dos tablets, quando a bancada do Amazonas,
especialmente Eduardo, Vanessa, et caterva, estavam ausentes do plenário, tomando
cafezinho no mesmo instante da votação, segundo um senador de outro Estado.
Coisa vergonhosa.
O povo
soube da sacanagem espúria dos nossos congressistas, por isso agora, tu voltas,
Grande Líder do Povo Ajuricaba, ao teu lugar impávido de maior liderança
política no coração do povo do Amazonas.
Nossa
gente te chama, Arthur, porque movido pelo descuido histórico, não fiscalizou
os espertalhões que surrupiaram teu mandato, outros amazonenses votaram em candidatos ao senado de outras legendas ,
esquecendo a brilhante Excalibur da piracema, que trazes erguida em teu coração
valente.
Vem,
pra prefeito, vereador, ou senador em 2014. O povo nas praças pede a tua
presença.
O
Amazonas é nosso, mas a espada da luta é tua, pois o legado de campeão do povo
é teu, Rei Arthur e Lancelot ao mesmo tempo.
Alexandre Otto
é poeta, e membro do Clube
da Madrugada e UBE; AM.