Exige-se
da Secretaria de Educação de Manaus que formule as propostas vitoriosas do
prefeito Artur Neto (PSDB), em forma de projetos e programas definindo com
objetividade os meios e os fins, quantificando suas metas amparadas em planos
com cronogramas de execução e mecanismo de avaliação longe do “achismo”.
Ademir Ramos (*)
Os formuladores de políticas
públicas, principalmente os mandatários, deveriam saber que a política assim
como o futebol não é só marketing requer competência e habilidade dos
agentes operantes quanto à consecução dos seus fins. Para isso, faz-se
necessário não só informação, mas a constituição de uma equipe capaz de
conhecer a ciências das práticas pedagógicas em articulação com as demais formas
de saber, rompendo com o passado patrimonialista que delegava cargos e funções
aos acólitos referenciados no DNA da família, pautando suas práticas no
“achismo” e no acaso.
Assim agiam as oligarquias regionais
orientando suas condutas pela consanguinidade e pelo voto de cabresto que esses
ofereciam aos candidatos. Hoje, alguns eleitos ainda recorrem aos mesmos
expedientes do passado para a composição dos seus secretariados, transformando
a gestão pública numa estratégia eleitoreira, favorecendo muito mais os
fornecedores e empreiteiros do que a população.
A educação, nesse contexto, é uma das pastas
mais cobiçadas pelos mercantilistas porque detém uma conta bancária gorda com
múltiplas oportunidades de investimentos e com retorno imediato. Para isso, plantam
na secretaria os seus agentes na expectativa de consumar seus interesses não
republicanos.
E a educação, a escola e o processo de
aprendizagem, como ficam? – Ora, eles falam e mostram o que querem, dando
satisfação ao povo pela mídia. A família, por sua vez, silenciada encontra-se
em estado de necessidade sem alternativa de reivindicar além daquilo que é
oferecido. Os parlamentares, que deveriam se pronunciar com clareza e
determinação parece que estão também no bloco dos favorecidos; os trabalhadores
da educação que julgamos ser uma das categorias mais esclarecidas estão
desorganizados, quando não cooptados pela situação com braços e pernas atados
junto aos governantes.
Resta-nos talvez apostar no movimento
estudantil senão tivesse dominado pela viseira do partidarismo da base aliada.
Desse modo, se aposta na fissura interna da política trazendo à luz os
desmandos e as falcatruas dos oponentes, pondo gasolina no fogo para clarear
veredas e caminhos a serem trilhados na perspectiva de se efetivar a educação
que queremos comprometida com o desenvolvimento cognitivo das crianças e jovens
de Manaus e do Amazonas.
Dessa feita, exige-se d a Secretaria de
Educação de Manaus que formule as propostas vitoriosas do prefeito Artur Neto
(PSDB), em forma de projetos e programas definindo com objetividade os meios e
os fins, quantificando suas metas amparadas em planos com cronogramas de
execução e mecanismo de avaliação longe do “achismo”. Ao contrário, os ratos
tomarão o navio e o timoneiro será jogado ao mar no ostracismo dos corações
mentes do povo do Amazonas.
(*)
É professor, antropólogo e coordenador do Jaraqui e do NCPAM/UFAM.