Somos
filhos da decadência, da corrupção e ainda somos o segundo lugar em injustiça
social, só perdemos para Botsuana, mas somos campeões mundiais de miséria. Que
vergonha!
Lembro o incidente trágico do World Trade
Center, quando os corajosos bombeiros novaiorquinos arriscando a própria vida, se
arvoravam no interior das duas torres gêmeas para salvar vidas, e muitos perderam a própria nesse afã
inesquecível de solidariedade humana.
em
Manaus também o nosso intrépido Corpo de Bombeiros, no incêndio que devastou
inúmeras casas no bairro de São Jorge, fez jus a nomenclatura corporativa,
também se dedicando com bravura ao mister de cuidar do próximo como a si mesmo.
Acontece que não há hidrantes naquele trecho,
como Manaus possui no Centro, daí a dificuldade de apagar o escaldante fato.
Que
o Estado e a Prefeitura, observem isso, na prevenção de outro incêndio
arrasador, especialmente pelos bairros de nossa cidade, que carecem de infraestrutura.
Lembramos que Arthur quando prefeito na primeira vez iniciou um belo trabalho
de sistema de esgotos, coisa que prefeito nenhum até hoje lembrou de fazer.
Se o bairro onde se registrou o terrível incêndio,
tivesse hidrantes, as perdas seriam minimizadas, e os moradores vitimados não
estariam sofrendo tantas alimárias cortantes. Isso nos remete ao comentário de
um cientista francês em visita ao nosso país: “No Terceiro Mundo o Estado é
ausente”. É verdade, amigos, um dia desses o impostômetro registrou um trilhão
de reais, e o resultado nacional é esse: Péssima Educação, Saúde deplorável,
segurança não existe, e tome corrupção – é verdade, somos filhos da decadência
e da corrupção, por isso apesar do governo Dilma receber os aplausos das nações,
ainda somos o segundo lugar em injustiça social, só perdemos para Botsuana, mas
somos campeões mundiais de miséria. Que vergonha!
Mas para debelar essa falta de vergonha
pública. O poder deveria dar mais apoio logístico e tecnológico ao nosso preciso Corpo de Bombeiro, pois a rapaziada
merece, aliás quem mete a mão no fogo pelo outro, mercê toda a nossa consideração.
Salve Jorge!
Quantos aos caciques imaginários, eles
bateram tanto tambor que, no dia seguinte do incêndio, foi um chuveiro dos
infernos. É mole!
Alexandre
Otto, é poeta e membro do
Clube da Madrugada.