Em sua posse, nesta terça-feira (1), no palco do
Teatro Amazonas, Artur Neto (PSDB), prefeito de Manaus, fez um longo discurso,
apresentando as linhas gerais do seu governo, qualificando suas parcerias e
fazendo críticas ao crescimento pífio da economia nacional. Artur mostrou
disposição de trabalho, determinação e coragem para enfrentar o governo Dilma
Roussef, se assim for necessário para garantir a defesa da Zona Franca de
Manaus sob novos padrões de desenvolvimento.
O prefeito declarou que fará parceria altiva com a
presidente Dilma, não desejando de modo algum o fracasso do seu governo porque,
explica Artur Neto, “afeta diretamente a arrecadação do município”, mas, não
ficará em silêncio frente aos desmandos e a indiferença contra o Amazonas,
“como líder desta cidade falarei tanto para dentro como para fora”, disse.
Além de criticar os indicadores de desenvolvimento,
Artur Neto posicionou-se também contra medida de liberação de Imposto de
Produção Industrial (IPI) para carros, colocando o Brasil “na contramão”, visto
que as nações desenvolvidas buscam hoje novos meios de mobilidade urbana para
as grandes cidades, da bicicleta aos veículos de energia limpa; enquanto isso,
Artur Neto do PSDB, afirma que o governo Dilma, com a liberação do IPI, que
beneficia diretamente a indústria paulista, “entope as cidades” e polui mais
ainda o meio ambiente.
Das Linhas Gerais
O prefeito Artur Neto disse que Manaus “tem
problemas graves” e, por isso, deve implantar um “choque de ordem” se for
necessário. O fato é que a cidade tem que ser organizada e ordenada. Para isso
está convidando as lideranças dos camelôs e dos lojistas do centro da cidade
para ver de perto as toneladas de lixo que as lojas jogam na rua sem nenhum
trato e muito menos embalados. Mas, o meu dever, explicou o prefeito, “é limpar
a cidade e desobstruir as ruas e calçadas de Manaus”, para isso vai cobrar dos
responsáveis pelos seus atos e que não ficarão impunes.
Em seu juramento de posse, o mandatário municipal
prometeu “preservar a cultura”, o que fará, segundo ele, “resgatando a história
e a nossa identidade”. Para melhorar o transito, Artur Neto disse que entre
outras medidas, “não vai permitir carretas trafegarem durante o dia pela
cidade”, a ordem será imediata como também as tratativas com os empresários das
frotas que circulam na cidade.
Outro ato anunciado foi a reinauguração do Mercado
Municipal de Manaus, que está fechado para reforma há quase 10 anos. Artur Neto
disse que vai reabrir no dia 24 de outubro deste ano, pelo aniversário da
cidade.
O prefeito fez questão de dizer para a empresa
Águas do Amazonas, que vai cumprir o contrato, mas precisa conhecer o
cronograma da empresa, bem como o investimento que a empresa fará no
abastecimento de água e saneamento de Manaus. E disse mais, que a “empresa
deveria mudar a sua sede para Zona Leste, talvez assim acelerasse o
fornecimento de água para aquela gente”. Em não havendo, os encaminhamentos,
possivelmente, serão outros.
Relação com os Poderes
O novo prefeito de Manaus, falando diretamente aos
vereadores, disse que não espere dele algum ato de “insolência e arrogância”.
Como vocês sabem eu tenho “alma parlamentar” e sei muito bem da importância do
legislativo e, principalmente, da oposição. Pois, “saibam que eu respeito as
adversidades”, falou Artur.
Ainda mais, o prefeito disse também que pretende
instituir uma relação fraterna com os poderes, assumindo responsabilidade e se
for necessário consultará o Ministério Público e o Tribunal de Contas para
reparar qualquer ato equivocado se por acaso houver, com o governo do estado,
Artur Neto disse que “fará parcerias fraternas visando o melhor para Manaus”.
No seu primeiro pronunciamento como prefeito de
Manaus, Artur Neto fez questão de afirmar que “Manaus tem futuro” e a ordem é
combater o desperdício. Ainda mais, deixo claro que pela governabilidade fará
concessão sem perder a conduta ética da responsabilidade, visando à eficácia da
democracia nos processos de decisão. Contudo, o prefeito de Manaus fez questão
de frisar que é preciso combater esse “fenômeno terrível e desgraçado que é a
corrupção que assola o país”, ao contrário a desordem e o desgoverno
impera. (Por: Ademir Ramos)