Jovens não respeitam os idosos. Essa cambada de filhos da
puta, nunca revê mãe nem pai, pelo visto.
Seremos
um país de bosta, com uma juventude assim, somada a uma canalha espúria que pega
o cartão dos velhos e mata esses notáveis brasileiros de fome e abandono.
Quando eu era menino, meu pai me obrigava a
tomar a benção também dos mais idosos e ter por eles o mais profundo respeito.
Isso, sem a mínima fratura comportamental desde a mais tenra infância. Até o
cabra servir o quartel, a gente aprendia a ser macho em tudo, até no respeito.
Nesse tempo eram poucos os ‘viados’ de
Manaus, toda a cidade os conhecia, eram pessoas sóbrias e também fora do
complexo edipiano, notórios da mais alta estirpe social, inclusive um religioso
notável que declamava Lamartine na língua francesa, isso à pedido do meu amigo baudelairiano,
Aníbal Beça, grande poeta amazonense, vencedor do prêmio Nestlé de Literatura.
Apesar da anarquia reinante na Praça do Congresso, todo mundo respeitava os
mais velhos, considerando-os também. Esse monge já era idoso. Ninguém tinha por
ele pensamentos antropofágicos. Nós os respeitávamos considerando-o.
Hoje, vejo na TV, um asilo de idosos,
gerenciado por uma gang de aproveitadores
sórdidos, que se apropriavam do beneficio dado pelo governo para os idosos, pelo menos para os velhos morrerem em paz, o quantum do salário.
E essa canalha em vez de pelo menos dar de comer a turma da terceira idade, só
dava para aquelas sofridas pessoas,
coração, moela, tripa e pé de galinha,
isso cru, porque não tinha quem
cozinhasse para os agredidos idosos.
Essa cambada de filhos da puta, nunca revê mãe
nem pai, pelo visto.
Fico fulo de raiva quando vejo no ônibus, um
jovem estudante fingindo que está dormindo, para não dar lugar para uma velhinha
de 80 anos. Porra, assim já é demais, o MEC gasta 5 bilhões de reais por ano só
com repetência, e essa escória de maus brasileiros, tão jovens, mas tão
escrotos, deixam uma anciã balouçando
pra lá e pra cá, sob os arrancos do
motorista, como se fossem querubins de
merda, de olhos fechados. E o Brasil segue sem futuro, pois a juventude de um país, é
seu braço mais indelével, pois sem esse membro
condigno, amanhã não teremos valores civilizadores para darmos
continuidade diacrônica à nossa história.
Seremos um país de bosta, com uma juventude
assim, somada a uma canalha espúria que pega o cartão dos velhos e mata esses notáveis
brasileiros de fome e abandono.
OAB e Ministério Público, visitem os asilos
de Manaus, façam isso com urgência, pois a turma daqui gosta de imitar a diarréia
vizinha, coisa feia que nós manauaras
chamamos de ‘lesera baré’. Vôte!
Alexandre Otto,
é poeta e membro do
Clube
da Madrugada.
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