Ademir Ramos (*)
O questionamento não deixa de ser um problema capital tanto para desenvolvimento do sujeito em si como também para a inserção desse sujeito no processo social e no mercado de trabalho. Falo do desenvolvimento do sujeito em si, em se tratando da capacidade adquirida, conquistada no curso de sua formação relativa ao domínio do saber, do fazer e do discernimento. Tal capacidade resulta das relações que este sujeito trava no embate de sua formação, considerando ainda que este trajeto não se dá de forma linear e nem tampouco fora da história, se assim for o sujeito está condenado a se afirmar frente à natureza e o outro, o que requer atitude, coragem e determinação.
O questionamento não deixa de ser um problema capital tanto para desenvolvimento do sujeito em si como também para a inserção desse sujeito no processo social e no mercado de trabalho. Falo do desenvolvimento do sujeito em si, em se tratando da capacidade adquirida, conquistada no curso de sua formação relativa ao domínio do saber, do fazer e do discernimento. Tal capacidade resulta das relações que este sujeito trava no embate de sua formação, considerando ainda que este trajeto não se dá de forma linear e nem tampouco fora da história, se assim for o sujeito está condenado a se afirmar frente à natureza e o outro, o que requer atitude, coragem e determinação.
O ignorante, por sua vez, se fez assim pela
circunstancia em que se encontra preso às necessidades primárias, impossibilitando
o seu desenvolvimento psíquico e social. Nesse estado a força quase sempre é
aceita como ditame necessário para garantir a sobrevivência em disputa e como
se fosse um predador passa a negar a natureza e o outro, afirmando-se de forma
arrogante e arbitrária. Embrutecido, o ignorante, produto da extrema pobreza e
da perversa desigualdade social, quando emerge socialmente devota pouco crédito
a sociedade e muito menos as regras sociais.
Contudo, é bom que se diga que paira sobre a vida
social a expectativa das instituições, cobrando de todos (as) adequação aos
valores e as regras instituídas se quiser ser aceito nos segmentos socialmente
determinados. Para esse fim a educação tem sido uma das portas principais para
afirmação não só do sujeito, mas da plena cidadania, participando tanto do
público como do privado com autonomia, dignidade e responsabilidade.
A indiferença, socialmente, talvez seja muito mais
grave do que a ignorância porque ela reduz o sujeito em paisagem, objeto e
covarde, negando a sua participação e por consequência sua relação com o outro
e com a sociedade. A indiferença é tão grave porque impossibilita o sujeito de
amar, no sentido pleno do verbo, permitindo que o mal socialmente se perpetue.
Superar esta conduta requer coragem e altivez frente aos problemas o que ocorre
quase sempre por motivo e interesse particular ou pelo imperativo das mudanças
sociais frente às políticas públicas de péssima qualidade que afeta a todos
(as) direta ou indiretamente. Na dúvida gostaríamos de ampliar o debate
facultando a palavra.
(*) É
Professor, antropólogo e coordenador do Núcleo de Cultura Política da UFAM e do
projeto Jaraqui.
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