por Garcia Neto
Você está satisfeito com as
penas dadas aos políticos envolvidos PUBLICAMENTE em escândalos?
Nosso atual Código
Penal, em vigor desde dezembro de 1940, parece uma colcha de retalhos, com mais
de uma centena de reformas em artigos, parágrafos e incisos, carece de urgente
revisão. A defasagem do código leva a nossa Justiça ao descrédito, coloca em
dúvida a integridade moral de nossos juízes e facilita a ação de advogados mais
astutos para beneficiar bandidos perigosos, criminosos mais cruéis, verdadeiros
pústulas que deveriam estar mofando na cadeia ou serem executados sumariamente
se tivéssemos a pena de morte.
Diante dos fatos
mais absurdos, chega-se a pensar quanta falta faz a pena de morte no Brasil,
cuja sentença, preventiva a criminalidade, aplicada pelo poder judiciário
consiste na execução sumária de indivíduo condenado pela prática de
assassinato, espionagem, homossexualidade, estupro, corrupção política. Pode
ser considerada uma punição extrema e desumana, mas pode ser eficaz na redução
de crimes que violem o direito à vida do ser humano.
Não vou me
aprofundar no tema para não gastar tempo e nem palavras, mas é inconcebível um
assassino cruel, um bandido perigoso, como
o é o ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão por 56 estupros
de pacientes, ter fugido do país após ser beneficiado por habeas corpus. Por
que a concessão desse remédio judicial a um insano que satisfaz sua paixão
maldita degradando suas vítimas pela prática de crime de atentado violento ao
pudor?
Em 23 de novembro
de 2010, a Justiça condenou este criminoso a 278 anos de reclusão. Em 2011, o
STF (Supremo Tribunal Federal) cassou uma liminar que permitia a Roger
Abdelmassih responder
em liberdade ao processo no qual foi acusado de crimes de estupro e atentado
violento ao pudor contra suas pacientes e uma funcionária de sua clínica de
fertilização. (É práxis no Brasil criminoso responder processo em liberdade).
Que os nossos
juízes repensem suas decisões antes de autorizarem habeas corpus para
beneficiar criminosos do tipo que busca
o prazer sexual sob o tacão do constrangimento, da violência, para satisfazer
seus instintos bestiais sexuais diversos da conjunção carnal. Conforme as
imagens mostradas pela televisão, não foi oportuno colocar o criminoso Roger
Abdelmassih dentro de um colete a prova de balas. Ademais, espera-se que este
sujeito não venha a ser beneficiado com mais um habeas corpus.
Pode ser definitivo. Não há mais o que discutir,
não se pode brigar com os fatos, porque a verdade se impõe. Está provado que o
Brasil é o país da impunidade.
*Garcia Neto é
sociólogo, professor e jornalista.
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