Romero Jucá, senador (PMDB-RR)
Segundo vice-presidente do
Senado, parlamentar foi citado pelo delator Paulo Roberto Costa
O senador Romero Jucá (PMDB-RR),
segundo vice-presidente do Senado, está na lista de investigados que o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal, na
última terça-feira, relativa a apurações da Operação Lava Jato.
No Congresso, o parlamentar já
foi líder dos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Luiz Inácio Lula da
Silva (PT) e de Dilma Rousseff (PT). O senador é uma das principais lideranças
do PMDB e a inclusão de seu nome na relação de investigados aumenta ainda mais
a crise de relacionamento entre o maior partido da base aliada e o governo.
O nome do senador apareceu em
depoimentos de delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras
Paulo Roberto Costa, preso pela Polícia Federal desde março do ano passado.
Jucá foi citado em uma relação de outros 27 políticos que, segundo o
ex-diretor, seriam beneficiários do esquema de desvios envolvendo contratos da
Petrobras. Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, e Eduardo Cunha (RJ),
presidente da Câmara dos Deputados, também foram mencionados.
Paulo Roberto Costa assinou
acordo de delação premiada no dia 27 de agosto e apontou o nome de deputados,
senadores e ex-governadores que receberam propina do esquema criminoso. Reportagem de VEJA revelou que o
ex-diretor afirmou à Justiça e ao Ministério Público Federal que políticos da
base da presidente Dilma Rousseff e que o ex-governador de Pernambuco Eduardo
Campos, morto em agosto do ano passado, receberam dinheiro do esquema. A lista
de citados pelo delator inclui três ex-governadores, senadores, um ex-ministro
de Dilma e pelo menos 25 deputados federais embolsaram ou tiraram proveito de
parte do dinheiro roubado dos cofres da estatal. De acordo com depoimento de
Costa, o esquema funcionou nos dois mandatos do ex-presidente Lula, e continuou
na gestão de Dilma Rousseff.
O procurador-geral encaminhou 28
pedidos de abertura de inquérito contra 54 pessoas suspeitas de envolvimento no
esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Além deles, foram apresentados
sete pedidos de arquivamento - entre eles o de Aécio e da presidente Dilma
Rousseff. Os nomes não foram revelados oficialmente porque o caso está sob segredo de Justiça. Entre os 54 suspeitos
estão políticos com e sem mandato e podem envolver parlamentares do PT, PMDB, PP, PSDB e PSB.
O ministro do Supremo Teori
Zavascki, relator do caso, deve aceitar os pedidos do procurador e tirar o
sigilo da lista de acusados até esta sexta-feira.
Fonte: Veja.com
(Com Estadão Conteúdo)
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