Omar Aziz; entendo que o paraibano foi descortês com o do Amazonas, mas pior foi a inércia do nosso representante em não revidar à altura o deboche.
Repercussão
negativa do imbróglio entre os senadores da Paraíba, Cunha Lima e do Amazonas,
Omar Aziz; entendo que o paraibano foi descortês com o do Amazonas, mas pior
foi a inércia do nosso representante em não revidar à altura o deboche. Fiquei
decepcionado e magoado, afinal, o senador representa o Amazonas. Daí que,
aproveitando o feriadão decidi fazer pesquisa sobre nossos outros senadores, na
ditadura, como na democracia, com parâmetros na
cultura e altivez, honrando o povo amazonense. Como colegas de internato, no
Dom Bosco, me veio o nome de Fábio Lucena, culto, bravo e impiedoso com seus
contendores, jamais se deixaria intimidar. Arthur Virgílio Filho e o Neto,
aquele caçado pelo golpe, contundente, autor da criação da UFAM, foi fiel na
defesa da Democracia e o Neto tornou-se nome nacional, por sua presença
marcante nos debates; Jeferson Peres, ético, pontificou com decência, exemplo
na condenação de corruptos e, como já na época a política degenerara sua luta
fincou bandeira em favor da dignidade do cidadão, respeito à coisa pública;
José Lindoso, professor universitário, jurista, só isso já lhe confere a glória
de ter sido respeitado por seus pares, afora seus pareceres, intervenções e
simplicidade; Álvaro Maia, grande escritor, poeta, orador, entre tantos o
discurso proferido no Teatro Amazonas/1923, ‘Canção de Fé e Esperança’,
apontava para o grande tribuno; Evandro Carreira, irreverente, com seu saber
holístico da Amazônia, extrapolou nossas fronteiras e sempre ouvido com atenção
com seus ‘Recados Amazônicos’; Eunice Michiles, a primeira Senadora do Brasil,
eleita pelo povo do Amazonas, discreta, elegante, presença marcante no
Plenário. Recuando um pouco no tempo, encontraremos figuras como Anísio Jobim,
culto e competente, Severiano Nunes, Valdemar Pedrosa, de grande saber jurídico
e Vivaldo Lima, médico, Presidente da Cruza Vermelha Nacional e tantos outros.
Todos ‘prata da casa’, AMAZONENSES, caboclos, muitos do interior, apenas a senadora
Eunice, paulista, mas casada com Darci Michiles, foi morar em Maués e, Anísio
Jobim, alagoano, dedicou seu amor e sua vida ao Amazonas, sepultado em Manaus,
em 13/06/1971, com 94 anos; todos morreram pobres e sem ostentação. Resumindo,
naquela Casa o Amazonas fez história e não pode ser constrangido e que, aos outros,
sirva de lição.
Nenhum comentário:
Postar um comentário