Manaus antiga (arquivo AC)
Manaus
não é mais aquela Paris das Selvas, decantada por saudosistas e poetas da velha
guarda. Gente educada e civilizado era o manauara. Uma cidade linda que saltava do cartão postal
pendurada no bico da arara do Hotel Amazonas e do nosso teatro.
Tudo
isso era música para os olhos e os ouvidos de um povo que descia a Avenida Eduardo
Ribeiro nas batalhas de confete. Dentre tantos foliões saltava a alegria do
Brigue da Independência e dos blocos que faziam aquela fantástica festa do povo.
Tudo
isso entrou no ralo de uma cidade sem memória, que atualmente valoriza o boi e
o forró, esquecendo as verdadeiras raízes do império de Momo.
É
com salutar pensamento amazônico, que aplaudo o Paulo Onofre, tentar resgatar o
sentido do carnaval com o seu concurso de marchinhas da Banda do Jaraqui, dando
uma ferroada nos políticos e quadrilheiros da nossa terra.
E
já vamos para o segundo ano de festival, valorizando os compositores daqui e os
nossos interpretes como Américo Madrugada, Aguinaldo Samba, Adal Silva, Celestina,
Wanderley Brandão, Léo Santos, dentre outros e que dão um colorido especial a referida festa.
Afinal de contas embora a lesera baré continue valorizando o fútil, como dizia o
grande crítico Artur Engrácio, o festival de marchinhas salva a pátria, a arte
e o carnaval amazonense.
Este
ano o II – Festival de Marchinha será realizado no dia 12 de dezembro no Club
Ao Mirante, no bairro de Santo Antonio.
Premiação:
1º Lugar Rs 2.000,00
2º Lugar Rs 1.000,00
3º Lugar Rs 500,00
Manaus
passa e se embrutece. Estamos perdendo
as raízes e daqui a pouco perderemos também a identidade cabocla.
Valeu Paulo Onofre. E tem mais uma coisa ele é paraense.’
Alexandre Otto,
Poeta
é membro do Clube da Madrugada.
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