No final da década de setenta, eu estava
cursando o quinto período de Administração de Empresas, na Universidade do
Amazonas, ao passar pela Praça da Polícia, parei para ouvir o discurso de uma
pessoa que estava na Rotunda, gostei e, a partir daí, passei a ser um
expectador esporádico, aos sábados, do Projeto Jaraqui.
Trinta anos depois do lançamento do
projeto, voltei à praça para o seu renascimento. O vereador Mário Frota meteu o
pau nos políticos corruptos, cheguei perto e, cumprimentei o nobre edil; tomei
um cafezinho no Café do Pina, na companhia do Celestino Neto (livreiro);
encontrei com velhos amigos, bebi uma água mineral com o Ademir Ramos
(antropólogo), Socorro Papoula (militante do PT) e Paulo Onofre (consultor
político).
Subiu à tribuna o advogado Abel Alves, o
homem fez um discurso da melhor qualidade, propôs a mudança do nome projeto -,
de Jaraqui, para Arraia -, para ferrar os políticos safados; depois, ouvi com
atenção o professor Ademir Ramos em suas explanações, em seguida, a Socorro
Papoula, fez um pronunciamento, incentivando as mulheres a se filiarem a um
partido político e a conquistarem um cargo eletivo no legislativo – antes de ir
embora para outro compromisso, ainda deu para ouvir o Deputado Luiz Castro, o
homem falou brilhantemente, não é a toa que ele é considerado o melhor Deputado
da atual legislatura.
Atendendo a um apelo do Ademir Ramos,
peguei o chapéu Panamá do Abel Alves e, pedi gentilmente a contribuição de
todos, para o pagamento do aluguel do equipamento de som, ainda bem que a
grande maioria foi solidária.
Assinei a uma lista para o fim de uma
imoralidade chamada “Auxílio Paletó”, depois, recebi do Paulo Onofre, uma Carta
de Principio, com os seguintes termos: “O Movimento Social enquanto frente de
organização popular conquista a cada dia novos espaços, visando exercer a
soberania numa perspectiva contra grupos e força privatista que buscam reduzir
o Estado aos seus interesses cumulativos, em vez de promover a distribuição
através de politicas publicas eficientes formuladas em programas e projetos de
inclusão social indutores da plena cidadania. Neste contexto das lutas sociais
está inserido o Projeto Jaraqui, que refundamos nesta data com propósito de
promover as discussões para garantir os Direitos Coletivos de nossa população
seja do interior ou da capital, dos rios ou das florestas, das pessoas e da
biodiversidade que nos cerca...”
Pronto, estou novamente engajado em
movimentos sociais populares, de volta ao nosso Projeto Jaraqui -, pretendo nos
próximos encontros, participar mais ativamente. A semente foi lançada. É isso
ai.
Fonte:http://jmartinsrocha.blogspot.com.br/2012/04/volta-do-projeto-jaraqui.html
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