Exige-se
dos formadores de opinião, dos quadros da UFAM (foto), atitudes reflexivas
capazes de contribuir para a avaliação do quadro político local.
Ademir Ramos (*)
No
passado recente, os intelectuais transformaram as academias em palanques
defendendo um novo ordenamento político, em sustentação ao processo de
democratização do País. Foram às ruas e praças, escreveram teses, livros e
manifestos participando diretamente das lutas sociais. Nessas eleições de 2012,
particularmente em Manaus, onde se concentra mais de 10 Universidades, com
destaque para Universidade Federal e a própria Universidade Estadual do
Amazonas, o silencio impera, os pensadores estão na “moita” como as raposas,
esperando o momento para saírem de suas tocas sorrindo e abanando os rabos como
gesto de satisfação para os agraciados nas urnas, tentando justificar suas
omissões nesse processo.
Tal
comportamento não deve ser definido como mera alienação porque esses
profissionais estão inseridos no contexto de disputa e como formadores e
formuladores de políticas públicas, necessariamente, lidam com o fato político
e com seus agentes. Refugiar-se em seus laboratórios amparados por uma visão
tecnicista não justifica omissão e muito menos sua responsabilidade intelectual
com a coisa pública.
Trata-se
talvez de cretinice ou conveniência aliadas com irresponsabilidade. Contudo,
quem melhor pode avaliar estas condutas são os próprios alunos que lidam
diretamente com esses profissionais e a própria sociedade manauara.
No
entanto, se tratando de formadores exige-se deles atitudes reflexivas capazes
de contribuir para a avaliação do quadro político local, rompendo com as
neutralidades em favor da coletividade.
No
entanto, o chamamento está feito e ainda é tempo dos intelectuais quebrarem o
silencio e manifestarem suas forças, afirmando suas opções e justificando as
razões que mobilizaram os ânimos em favor de um determinado projeto político e
quem sabe venham qualificar os debates e contribuir também para a melhor opção
nas urnas, negando quem sabe, toda e qualquer juízo de valor quanto às condutas
em debates.
(*)
É professor, antropólogo, coordenador do projeto jaraqui e do NCPAM/UFAM.
Postado
por NCPAM às 08:49:00 Nenhum comentário:
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