Eduardo Braga, O Traquino, título honorífico oferecido pelos
senhores conselheiros do banco da Praça da República livre do Pina, filho
político de Amazonino Mendes.
EDUARDO, O TRAQUINO
Ademir Ramos (*)
Finda o segundo turno das eleições
para prefeitura de Manaus e se nada ocorrer de extraordinário, o eleito será
Artur Virgílio Neto, do PSDB, contra a candidata Vanessa Grazziotin, do PCdoB,
patrocinada por Eduardo Braga, do PMDB, confirmando, dessa feita, a vitória
ocorrida no primeiro turno.
Nessa circunstancia os holofotes voltam-se para o
ex-governador e atual senador Eduardo Braga, líder do governo Dilma Rousseff,
no senado federal, que atropelou o governador Omar Aziz (PSD) na composição de
uma chapa aliançada com o PT de Lula e Dilma para disputar a prefeitura contra
Artur Virgílio Neto, ex-ministro do governo FHC.
Tanto Lula como Dilma esteve em Manaus no palanque
de Vanessa, fazendo juras de que o PCdoB faz parte da base aliada e que por
isso, a senadora candidata conta com o aval do planalto quanto à sua
candidatura a prefeitura da capital do Amazonas.
Tudo armado entre o time do ex-governador Eduardo
Braga, O Traquino, título honorífico oferecido pelos senhores
conselheiros do banco da Praça da República livre do Pina, pelo muito que fez
no Amazonas em benefícios dos seus pares, enriquecendo a custa da perversa
desigualdade que assola a capital e o interior do nosso Estado. Na cheia dos
rios o povo sofre pelo abandono e na seca pelo descaso.
Mas, o importante para o Traquino e o seu time é
ganhar as eleições e direcionar o Erário para a sustentação dos seus caprichos
e vaidades, destinando ao povo somente as sobras. Esse povo explorado e
dominado por uma cambada de governante salteadores do cofre público e mais
grave ainda, da esperança de se construir uma nova ordem governamental
assentada na justiça social.
A vitória de Artur, não tem viés ideológico
partidário, é muito mais uma explosão de indignação contra os desmandos de um
time qualificado pelo Supremo Tribunal Federal de quadrilha, tendo como chefe
maior a direção do PT de Lula. É esta quadrilha de políticos criminosos que o
povo do Amazonas repudia nas urnas, desbaratando seus crimes e, sobretudo, o
projeto de poder perpetrado por esses agentes que transforma o partido em
bando, a política em sujeira e as ações governamentais em afronta aos valores
republicanos.
Artur, prefeito, é o depositário dessa esperança
popular. Por isso, sua responsabilidade aumenta ainda mais, não devendo vacilar
em suas práticas e muito menos em suas determinações quanto à melhoria da coisa
pública e o serviço prestado a população de Manaus. Ao contrário, tudo está
consumado e a derrocada se faz anunciar pelos seus próprios feitos.
(*) É professor, antropólogo, coordenador do
Jaraqui e do NCPAM/UFAM.
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