Vereador Mário Frota, um dos primeiros articulista do Projeto Jaraqui a se manifestar do Coreto do Pina.
Ademir Ramos (*)
A inovação dessas instituições é condição
necessária para que a democracia venha prosperar de forma circular e
participativa inseridas num sistema integrado de formação escolar, acadêmico e
de pesquisa,
A Universidade Livre
do Jaraqui, na Praça Heliodoro Balbi, no Centro Histórico de Manaus, tem sido
um ponto de convergência aos militantes, agitadores, agentes, promotores
sociais, políticos profissionais, formuladores de políticas públicas e
promotores das políticas corporativas de responsabilidade social. O encontro
desses atores ocorre todos os sábados das 10 às 12h, movidos por calorosos debates
pautados em demandas sociais sob a orientação de uma prática interdisciplinar
dialógica, contemplando variados campos da economia, filosofia, cultura,
política, história, meio ambiente, sob o foco do planejamento estratégico
participativo visando à eficiência da ação governamental, controle cidadão da
coisa pública e o cumprimento da ética da responsabilidade por agentes públicos
e privados.
Esses postulados têm
agregado força na prática política pedagógica do Jaraqui, que tem sido uma
Universidade Aberta, definida mais pela função do que pela forma positivista de
ser. A universidade enquanto instituto de Ensino, Pesquisa e Extensão deve ser
repensada numa perspectiva participativa sob o controle dos contribuintes
cidadãos que reclamam das Universidades e dos Institutos de Pesquisa respostas
operacionais que sejam indutoras do desenvolvimento local. Estas e outras
respostas devem ser expressão do humanismo civilizatório contra a intolerância,
preconceito, discriminação e o obscurantismo que reduz o desenvolvimento
cognitivo da pessoa.
A inovação dessas
instituições é condição necessária para que a democracia venha prosperar de
forma circular e participativa inseridas num sistema integrado de formação
escolar, acadêmico e de pesquisa, como determinação de uma política promotora
da soberania, que nada mais é do que a autodeterminação dos povos, sem a qual
nenhuma Nação do planeta é capaz de se afirmar no cenário das humanidades,
qualificado pela diversidade e pela capacidade de produzir conhecimento, agregando
valor as empresas e empoderando o cidadão para que assegure os seus direitos
fundamentais no embate das lutas sociais.
A estratégia
pedagógica do Jaraqui é a prática dialógica assentada na rua e em Praça
Pública. Os trabalhos foram retomados a partir do dia 28 de abril deste ano,
resgatando o projeto iniciado em 1978 e paralisado em 1982. Neste ano de
2012, sob a nossa coordenação, com a participação de organizações afins,
buscamos dar um perfil aberto e popular intensificando as relações com os
movimentos sociais e com os agentes públicos, informando e analisando os fatos
com propósito de compreender as motivações que justificam as ações de governo,
conferindo esses atos, com as prioridades postas pela sociedade
organizada. No sábado, dia 22, a Universidade Livre do Jaraqui estará
encerrando suas atividades por este ano, celebrando com sua Confraria a
fraternidade, a solidariedade, a participação como processo e a Republica como
valor.
(*) É professor, antropólogo,
coordenador do Jaraqui e do NCPAM/UFAM.
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