Você
foi pra lá Niemeyer, pro nada ou pro tudo, amigo, mas como eu sou imortal, eu
acho que nós somos eternos, bicho! Sem Deus e sem o Diabo. O futuro pertence ao
homem. Mas tudo é como você dizia: “o povo é um fudido”. Valeu, Oscar!
Formando
paralelo de talento incomparável e universal na arquitetura contemporânea com
Le Corbusier, seu mestre, Oscar Niemeyer, do Renascimento pra cá, agrupando outro
gênio, Brunelesco, criador do ponto de fuga, a perspectiva, porque até naquela
era renascentista, os projetos eram planta baixa, sem volume dimensional, o
criador de Brasília, compõe essa trindade fantástica da arquitetura de todos os
tempos.
Também
a arquitetura precisa de um Dartagnham, e é lá na Grécia que vamos encontrar Ictino
criador do Partenon juntamente com Calicrates, outro arquiteto grego notável.
Niemeyer
bebeu tudo isso e transmudou tal conhecimento em magia arquitetônica, o Palácio
dos Arcos é sua obra prima na capital do Brasil.
Comunista
militante e ativista aguerrido, que nem Antonio Gramscy, sempre à frente nas
barricadas italianas de luta política e partidária, Oscar era marxista, e
talvez tivesse mais noção de que o homem é divino, do que muito pastor que
continua acreditando em Deus, depois do advento da Teoria das Cordas e do
Multiverso composto por nonilhões de infinitos universos iguais ao nosso, num
espaço de 11 dimensões segundo a teoria M de Ed Whitten, e Stephen Hawking, que
informam que o Big Bang já era e que o nosso universo nasceu foi de um choque
de Branas, ora bolas!
Pois
bem, Niemeyer era tudo isso, e aos 104 anos foi embora, deixando um tesouro
incomensurável para todos os brasileiros, sua obra, estampada em tantos países.
Seu traço, que junto com Lúcio Costa, faz Brasília voar, sem sair do chão, aliás,
o Vinícius já dizia: “O Niemayer é um poeta completo, ele faz poesia em
concreto”.
Tanta
gente boa que foi embora, meus irmãos poetas, Aníbal Beça, Luiz Baccelar, Max Martins, agora pouco, e lá atrás, Sousândrade,
Mario Faustino, Drummond, Cabral, Murilo, êta pessoal arretado demais, Pound,
Elliot, Yeats, Rimbaud, Álvares de
Azebedo, tão jovem, e Bilac olhando as estrelas.
Você
foi pra lá Niemeyer, pro nada ou pro tudo, amigo, mas como eu sou imortal, eu
acho que nós somos eternos, bicho! Sem Deus e sem o Diabo. O futuro pertence ao
homem. Mas tudo é como você dizia: “o povo é um fudido”. Valeu, Oscar!
Alexandre
Otto,
é poeta e,
membro do Clube da Madrugada.
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