O Projeto Jaraqui, na Praça
da Polícia, no Centro Histórico de Manaus já é uma realidade todos os sábados.
Mario
Dantas
No ultimo sábado (26)
o Projeto Jaraqui recebeu as lideranças indígenas do Amazonas para discutir as
PECs, as Portarias, as Resoluções e a omissão do governo federal quanto a não
efetivação dos programas de sustentabilidades, bem como o descaso da saúde,
educação, programa alimentar e o futuro dos povos indígenas.
Paulo
Mendes
O Jaraqui deste
sábado, na Praça da Polícia, na República Livre do Pina, no Centro Histórico de
Manaus, reencontrou-se com o seu passado histórico, quando há 30 anos, a
Questão Indígena era a grande pauta posicionando-se contra os Direitos
Fundamentais desses povos violados pelo Estado Brasileiro.
Na tribuna ainda houve
reclamações da construção da Transamazônica, das hidrelétricas, em particular
contra o dano ambiental que Balbina causou ao meio ambiente, a vida e cultura
dos povos Waimiri-Atroari e demais Nações que se encontravam na rota da
expansão dos megaprojetos da Ditadura no interior da Amazônia e no sertão do
Brasil.
As denuncias do
genocídio e as diversas formas de acelerar o mais rápido possível “a limpeza
étnica” promovida pela política de integração do Estado Nacional, bem como a
ocupação da Amazônia pela pata do boi sob a ordem dos financiamentos das
Agencias de Estado representada, sobretudo, pela Superintendência do
Desenvolvimento da Amazônia e o Banco da Amazônia foram colocadas na tribuna
popular.
Ademir
Ramos
Segundo o Prof.
Ademir Ramos autor do Projeto Jaraqui na conjuntura do atual governo, as
ameaças também se multiplicam seja no Congresso Nacional, na Corte de Justiça e
pelos próprios Governantes, que pouco caso fazem para o cumprimento da
Constituição Federal e muito menos pela formulação de políticas que venham
garantir a integridade e o usufruto dos Territórios Indígenas seguido de
programas de etno desenvolvimento em favor da sustentabilidade destas
comunidades tradicionais da Amazônia.
Para ele ainda
continua a violação aos direitos que estes povos indígenas tem garantido na
Constituição Federal (Art. 231 e 232) e o exemplo é tomar de assalto as Terras
tradicionalmente ocupadas por esses povos, reafirmando mais uma vez que a
política ambiental.
Parlamento
Indígena
Estiveram
participando representantes da cultura tikuna, da Central Intercultural de
Etnodesenvolvimento do Amazonas (Rapu) os índios da cidade e das regiões
culturais do Madeira, Baixo-Amazonas, Solimões, Rio Negro, representantes da
Secretaria de Estado dos Povos Indígenas e da própria Coordenação das
Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira dentre outros.
O representante do
Alto Solimões da Federação das Organizações das Comunidades da Tribu Tikuna
Paulo Mendes disse ¨A política desde 78 é voltada para o meu povo e sempre para
falar da discriminação que sofremos e temos que nos organizar para que a nossa
cultura continue sem deixar nossa identidade nossa cultura, defender a terra,
queremos desenvolvimento não no modelo capitalista para o comercio mas para o
crescimento da identidade dos índios do amazonas¨. O representante indígena
convocou as comunidades do alto Solimões e do baixo Amazonas no dia 15 de
novembro na comunidade Betânia no município de Santo Antonio do Sá.
Para o representante
dos Tikunas do alto Solimões Sinesio este encontro visa elaborar a estratégia
dos povos indígenas para defensa dos seus direitos e um dos objetivos é eleger
seus verdadeiros representantes, conquistar um espaço no senado para isto é
importante contar com um parlamento indígena. Mercedes Guzmán /Fotos: Áida Fern
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