Certo dia parou em minha frente um carro de porte
médio com a seguinte máxima: “Vou com o Dudu/ Não voltando/ Chama a
polícia/#VazaDudu.” Nas redes sociais cresce este movimento contrário à volta
do Dudu ao governo do Estado é só examinar os comentários dos textos que
circulam nos meios para se analisar a conjuntura eleitoral que temos e baseado
nestas leituras pautar um posicionamento frente às opções apresentadas para o
governo do Estado do Amazonas. O fenômeno destas eleições é sem dúvida Marcelo
Ramos, no entanto, é um projeto em construção que ainda não ameaça o poderio
das oligarquias presentes, mas é uma proposta a ser trabalhada como ação
estruturante de partido, podendo vingar na vontade popular se contar com uma
estrutura orgânica tão reclamada por novas lideranças. Ao contrário, não
passará de uma promessa.
Neste embate o confronto está entre Dudu e Melo.
Dois atores da mesma cepa. Contudo, não se trata de julgar moralmente um e
negar o outro e nem tampouco definir por um contra outro de forma maniqueísta.
Esta disputa é recorrente em nossa história, o que está em jogo é o controle do
poder de Estado, o montante do seu orçamento e o domínio da máquina que pode
ser direcionada para fortalecimento dos valores Republicanos, como também, em
favor das corporações privadas com amplas relações internacionais.
Este confronte de interesse está na origem do
processo democrático aqui e alhures. Mas, o que nos preocupa de fato é a
perversa desigualdade social em que vivemos, impossibilitando a participação
consciente e responsável dos segmentos populares para escolher e decidir sobre
o modo de governar de ambos. Os ativistas dirão de imediatamente que todos são
“farinha do mesmo saco”, certamente que sim. Contudo, é necessário que fique
bem claro, que não estamos num processo revolucionário, brigamos por
descentralização do poder, por política de fortalecimento dos movimentos
sociais, projetos e programas que incentivem a distribuição da riqueza,
investindo nas competências e habilidades em favor do pequeno, médio e grande
produtor, bem como, exigindo prioridade do Estado e do governante quanto à
formulação e execução de políticas públicas qualificadas, em atenção às
demandas populares. Da mesma forma, para o bom funcionamento da Democracia
exige-se o cumprimento do regramento constitucional relativo ao respeito dos
Poderes instituídos.
Nestas circunstancia penso que o Dudu não responde
as nossas reivindicações pelo que já mostrou e fez. Pode-se dizer que nesta
conjuntura é carta fora do baralho. O Melo e o seu modo de governar pode
responder aos novos desafios apresentados desde que as organizações e os
movimentos populares assumam a responsabilidade de um projeto comunal puxando
para si a decisão e o controle das políticas públicas, em articulação com o
Poder Legislativo, criando desta forma, as condições objetivas de um
reordenamento político com insurgência de novos coletivos. Mas, as eleições
estão em curso e o embate não está consumado, compete ao povo, o soberano ato
de optar com responsabilidade por um projeto popular, participativo
fundamentado no respeito e valores republicanos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário