O BOTÃO DO PÂNICO, ASSIM CHAMADO
O DISPOSITIVO CONTRA A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, BEM QUE PODERIA SER
INSTRUMENTALIZADO PARA COMBATER OS CORRUPTOS, QUE ALEM DE COVARDES, SÃO TAMBÉM
SAGAZES MANIPULADORES DO ERÁRIO PÚBLICO EM FAVOR DAS EMPREITEIRAS E DAS
CORPORAÇÕES PRIVADAS QUE BANCAM OS CAPRICHOS E A VOLÚPIA DESTES SENHORES COM
PINTA DE MORALMENTE CORRETOS E TEMENTES A DEUS.
A barbárie na política começa às vezes na própria
casa, quando o valentão se firma perante os filhos e, sobretudo, trata a mulher
como objeto de seu desejo e de seus caprichos. Este comportamento transpassa as
classes sociais, sendo que nas mais excluídas, a resolução do conflito acaba em
fatalidade e nas páginas policiais, aumentando ainda mais as estatísticas das
delegacias, a exigir dos governantes ações de combate a violência, garantindo a
proteção e a salvaguarda das mulheres vitimizadas pela truculência dos seus
maridos.
Nas classes dominantes, o fato também é recorrente.
No entanto, fazem calar as mulheres, silenciar os familiares, no sentido de se
firmar como poderoso, de moral libada e mais ainda diz-se também temente a
Deus, rogando a proteção dos céus. No entanto, em casa bate e violenta sua
digníssima esposa provocando tamanha dor à sagrada família como berço de
formação e desenvolvimento da pessoa na sua integridade física e moral. A dor
destas mulheres que em silencio sofrem denuncia a barbárie e a estupidez de
seus consortes que a obrigam a calar para garantir a estampa política de um
cidadão aparentemente correto e justo.
Estes covardes do colarinho branco e de paletó de
fina estampa valem-se do velho argumento da honra e da unidade familiar para
silenciar as vítimas de sua arrogância e destempero. Não satisfeitos, ainda
recorrem, a vulgata para justificar a violência doméstica alegando que em
“briga de mulher ninguém mete a colher”.
O mais grave ainda é quando estes “senhores de fina
estampa”, valendo-se do populismo e da prática demagógica coonestada com a
ignorância de alguns segmentos populares, alçam ao poder de Estado por meio do
voto da maioria. A gravidade é tanta que ameaça a todos (as) porque o que era
doméstico, em regra, pode se manifestar na prática da impunidade contribuindo
ainda mais para o crime contra as mulheres e a violência doméstica.
A iniciativa do Tribunal de Justiça de Espirito
Santo, em Vitória, mais a Justiça do Paraná, em Londrina, e do Estado Pará, em
Belém, ganhou repercussão nacional, em implantar um dispositivo eletrônico com
gps e gravação de áudio articulado com uma patrulha Maria da Penha, que socorre
as mulheres barbarizada por seus maridos assim que o dispositivo é acionado. O
botão do pânico, como é chamado o dispositivo patenteado pelo Instituto
Nacional de Tecnologia Preventiva, bem que poderia também ser usado para
combater os corruptos, que além de violentos são também sagazes na manipulação
do Erário público em favor das empreiteiras e das corporações privadas que
superfaturam obras públicas drenando recursos do povo para bancar os caprichos
e a volúpia dos senhores com pinta de moralmente correto e temente a Deus.
As eleições é um excelente momento para não só as
mulheres, mas, as pessoas de bem dar um basta nesta saga, detonando os
valentões nas urnas.
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