O Jornal do Senado desta segunda-feira, 13 de maio de 2013, faz uma
reedição de Encarte Especial histórico sobre os 125 anos do fim da escravatura
no Brasil. O documento deve ser necessariamente consultado por todos
(as), principalmente, pelos estudiosos da formação do Estado Brasileiro para
que nunca, nunca mias estas barbaridades se repita, mobilizando a sociedade
nacional contra as relações de trabalho análogas a escravidão e toda e qualquer
forma de exclusão social no País. Luta que se complementa no Estado de Direito
pela cidadania plena.
A Escravidão
Tobias Barreto
Se Deus é quem deixa o mundo
Sob o peso que o oprime,
Se ele consente esse crime,
Que se chama a escravidão,
Para fazer homens livres,
Para arrancá-los do abismo,
Existe um patriotismo
Maior que a religião.
Se não lhe importa o escravo
Que a seus pés queixas deponha,
Cobrindo assim de vergonha
A face dos anjos seus,
Em seu delírio inefável,
Praticando a caridade,
Nesta hora a mocidade
Corrige o erro de Deus!...
Tobias Barreto
Tobias Barreto
Se Deus é quem deixa o mundo
Sob o peso que o oprime,
Se ele consente esse crime,
Que se chama a escravidão,
Para fazer homens livres,
Para arrancá-los do abismo,
Existe um patriotismo
Maior que a religião.
Se não lhe importa o escravo
Que a seus pés queixas deponha,
Cobrindo assim de vergonha
A face dos anjos seus,
Em seu delírio inefável,
Praticando a caridade,
Nesta hora a mocidade
Corrige o erro de Deus!...
Tobias Barreto
Um dos principais nomes do condoreirismo, escola
literária da poesia brasileira marcada pela temática social e defesa de idéias
igualitárias, Tobias Barreto, assim como Castro Alves, fez de alguns de seus
poemas armas para o combate à escravidão. Além de poeta, Tobias Barreto é fi
lósofo, crítico e jurista. Sergipano, ele se declara o “mestiço de Sergipe”. Em
1868, publicou o poema A escravidão. De 1871 a 1881, viveu em Escada,
Pernambuco, cidade que foi obrigado a deixar após ter alforriado todos os
escravos que pertenciam a seu sogro.
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