Paulo Onofre, Ademir Ramos e Elson Melo, coordenadores do Projeto Jaraqui.
Ademir Ramos (*)
A luta pelo Direito faz da pessoa
um cidadão. Não basta apenas querer é preciso participar criando as condições
necessárias para fazer valer a vontade da maioria, principalmente, em se
tratando dos Direitos fundamentais referentes ao acesso à saúde, educação,
moradia, segurança, a defesa do meio ambiente, transporte coletivo digno e
outras conquistas consagradas na Constituição Federal. Para esse fim é preciso
abrir várias frentes de lutas seja junto aos parlamentos municipais, estadual e
federal. Estas frentes devem ser expressões da força das comunidades
organizadas e dos demais segmentos sociais que reivindicam participar
diretamente da garantia dos seus Direitos Sociais.
O Fórum do Jaraqui, em pleno exercício todos os
sábados das 10 às 12h, na Praça Heliodoro Balbi, na República Livre do Pina, no
Centro Histórico de Manaus, é uma dessas frentes que serve de tribuna popular
para denunciar os malefícios dos políticos viciados e corruptos que usam o povo
como escada para se afirmar no carreirismo político tirando proveito para si,
seus familiares e em atenção a determinados grupos empresariais que bancam seus
projetos políticos eleitorais para em seguida assaltar o cofre público. Todos
nós conhecemos os gatunos políticos e seus aliados que se beneficiam com as
propinas, acumulando um patrimônio de fazer inveja aos banqueiros
internacionais.
Por outro lado também, o Jaraqui exalta o movimento
social, os parlamentares e os governantes responsáveis que cumprem com seus
deveres republicanos, em atenção à garantia dos Direitos Coletivos, assegurando
a qualidade do serviço público prestado à população, não só da capital do
estado como também dos demais municípios do interior.
O Jaraqui antes do sábado promove reunião de pauta
para avaliar e encaminhar novos eixos de discussão com propósito de transformar
a dor e a indignação popular em ação e ato que venham agregar força fazendo
valer o bem e a felicidade pública.
Para esse
fim, a coordenação do Jaraqui definiu a seguinte pauta: 22/06 – Tema em debate –
Trabalho e qualidade de vida no PIM; 29/06 – O diabo da puvulagem e a
arrogância política em ritmo junino; 6/07 – Cesta básica e o preço do pão de
cada dia no Amazonas; 13/07- Combate ao trabalho infantil e afirmação dos
direitos das crianças e adolescentes; 20/07 – Trabalho e creche, a luta das
mulheres trabalhadoras por Justiça Social e 27/07 – Zona Franca: Promessas,
acertos e incertezas.
Nessa pisada o Jaraqui conta com o apoio dos
parceiros, convidando os especialistas e debatedores para se fazerem presentes
na praça dando voz a grita dos trabalhadores e trabalhadoras que muito lutam
por seus direitos trabalhistas e que muitas vezes não conta com o apoio dos
sindicatos de base que são seus principais aliados nas negociações patronais.
Com efeito, o Jaraqui catalisa a indignação da população e mobiliza força para
afirmação dos Direitos populares fazendo valer sua força de controle social com
aval do povo na praça.
(*) É
professor, antropólogo e coordenador do projeto Jaraqui e do NCPAM/UFAM.
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