O médico Jefferson Jezini, presidente do Conselho
Regional de Medicina do Estado do Amazonas já marcou presença no Projeto
Jaraqui do próximo sábado (15/06).
O debate promete ampla repercussão porque além de abordar a questão da
contratação dos médicos estrangeiros deverá se discutir também a qualidade do
serviço prestado a população do Amazonas visto que tanto na capital como nos
demais municípios do estado a grita é geral por melhorias no serviço de saúde
seja em atenção às condições de internamento, como também quanto às atrocidades
ocorridas no processo de intervenção médica.
A tribuna popular do Jaraqui
instalada todos os sábados das 10 às 12h, na Praça Heliodoro Balbi, na República
Livre do Pina, no Centro Histórico de Manaus, pautou para este sábado (15) uma
ampla discussão sobre a decisão do Ministério da Saúde de contratar 6 mil
médicos estrangeiros – da Espanha, de Cuba e de Portugal – para trabalhar no
interior do Brasil, desconsiderando o processo de Revalidação dos Diplomas
Médicos expedidos pelas Universidade estrangeiras (Revalida).
A Revalidação requer que os médicos façam uma prova
para avaliar os conteúdos curriculares que foram apreendidos no curso de sua
formação. O Revalida é aplicado tanto para os estrangeiros como também para os
brasileiros que se formam no exterior. Segundo a proposta do governo federal,
os médicos contratados teriam atuação restrita ao interior do País e contariam
com um registro provisório de 3 anos, podendo depois realizar a validação do
diploma ou voltar para os seus países de origem.
A discussão é nacional. Contudo, pode-se comprovar
que no interior do Amazonas e em alguns hospitais particulares de Manaus a
presença de médicos estrangeiros clinicando já virou rotina. O debate promete
ampla repercussão porque além de abordar a questão da contratação dos médicos
estrangeiros deverá se discutir também a qualidade do serviço prestado a
população do Amazonas visto que tanto na capital como nos demais municípios do
estado a grita é geral por melhorias no serviço de saúde seja em atenção às
condições de internamento, como também quanto às atrocidades ocorridas no
processo de intervenção médica.
A indignação é grande e desmedida por parte da
população que depende unicamente do Sistema Único de Saúde. Para a minoria, os
mais abastados, segundo eles, o melhor remédio é pegar um avião e buscar
atenção em outras paragens, bem longe do Amazonas porque “por aqui conta-se
mais com sorte do que com o dever do Estado.”
Foram convidados para os debates o Sindicado dos
Médicos do Amazonas, o Conselho Regional de Medicina, os representante dos
trabalhadores da saúde, os centros acadêmicos das universidades públicas e
privadas, diretores e professores das Faculdades de Medicina do Estado,
parlamentares e demais lideranças sócias.
Ainda recentemente, o Ministério da Saúde informou
que para ter um número adequado de médicos por habitante equivalente a 2,7
médicos para grupo de mil pessoas, o Brasil precisa de 164 mil
profissionais. Tratando-se da
interiorização, o Conselho Federal de Medicina defende que adoção de uma
carreira de estado para a categoria, matéria que já vem sendo discutida a
partir da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 454/09). Defende também o
Conselho, a realização de concurso público imediato para o preenchimento dessas
vagas que o Ministério quer completar com médicos estrangeiros. Visto que:
“Quando o mercado não leva o médico, o governo tem que fazer um investimento
público para que ele possa atender a população. É isso que nós estamos
propondo: que haja uma solução emergencial e que após seja consolidada a
carreira de Estado para o médico do Brasil.”
A discussão esta posta, com a palavra os
indignados na perspectiva de formular novas políticas de saúde, em respeito à
população do nosso Amazonas.
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